Este trabalho analisa o papel da música como intermediária e mediadora no desenvolvimento cognitivo e socioemocional de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), abordando o tema com a máxima sensibilidade e base científica. A síndrome atrasa a idade fisiológica e mental do desenvolvimento, que afeta várias áreas: linguagem e fala, interação social, padrão de comportamento. Portanto, a música se torna uma linguagem alternativa, soa muitas vezes mais potente, rompe barreiras e abre caminhos para a comunicação, expressão emocional, aprendizado e aprendizado independente. A pesquisa está fundamentada em revisão bibliográfica e em experiências práticas da Educação Infantil, dialogando com áreas como a pedagogia, a psicologia do desenvolvimento, a neurociência e a musicoterapia. A musicalização, além de promover estímulos cognitivos como memória, atenção, percepção e raciocínio, também favorece o autoconhecimento, a empatia e o vínculo social. Em crianças com TEA, a música pode representar o meio mais acessível e eficaz para promover experiências educativas significativas. O artigo propõe uma reflexão crítica sobre o papel da música na Educação Infantil, considerando o educador como agente mediador essencial, e apontando a importância da participação da família e do suporte institucional. A musicalização é compreendida aqui não apenas como ferramenta pedagógica, mas como estratégia de inclusão, de acolhimento e de humanização do processo de aprendizagem.