O ogro e o demônio: a representação fotográfica da devastação nuclear em “Hiroshima”, de Ken Domon (1945-1958)

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ISSN: 2237-9126
Editor Chefe: Richard Gonçalves André
Início Publicação: 28/07/2020
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

O ogro e o demônio: a representação fotográfica da devastação nuclear em “Hiroshima”, de Ken Domon (1945-1958)

Ano: 2019 | Volume: 13 | Número: 24
Autores: Richard Gonçalves André
Autor Correspondente: Richard Gonçalves André | [email protected]

Palavras-chave: Ken Domon; Hiroshima; fotografia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em 1958, o fotógrafo japonês Ken Domon (1909-1999) publicou a coletânea intitulada “Hiroshima”, na qual produziu narrativas icônicodiscursivas sobre as vítimas da bomba atômica lançada pelo exército norteamericano na cidade homônima. O presente artigo tem por objetivo analisar os textos e as fotografias presentes no livro, tendo como recorte temporal o período de 1945 a 1958, marcado, respectivamente, pelo ataque nuclear e pela publicação de “Hiroshima”. Do ponto de vista teórico e metodológico, as imagens são concebidas como representações compostas a partir de signos fotográficos, seja pensadas como unidades, seja articuladas a outras fotografias e mesmo a textos. Como resultados, sugere-se que a coletânea, utilizando abordagem humanizadora e ressaltando as histórias de pessoas cujas vidas foram afetadas pela bomba atômica, foi publicada com o intuito de não permitir que os sofrimentos derivados da guerra fosse esquecidos, justamente num período em que a sociedade japonesa começava a apresentar indícios de prosperidade e acelerado crescimento econômico.



Resumo Inglês:

In 1958, Japanese photographer Ken Domon (1909-1999) published a collection titled “Hiroshima”, in which produced iconic-discursive narratives on the victims of the atomic bomb launched by US army in the homonymous city. This paper intends to analyze texts and photographs present in the book, having as temporal delimitation the period of 1945 and 1958, marked, respectively, by the nuclear attack and the publication of “Hiroshima”. From a theoretical and methodological point of view, the images are conceived as representations composed of photographic signs, whether thought as units, whether articulated to other photographs and even texts. As results, it is suggested that the collection, using humanizing approach and highlighting the stories of people whose lives were affected by the atomic bomb, was published with the intention of not allowing the sufferings derived from the war to be forgotten, precisely at a time when Japanese society began to show signs of prosperity and accelerated economic growth.