O LUGAR DO IMIGRANTE BOLIVIANO EM GUAJARÁ-MIRIM (RO), FRONTEIRA DO BRASILCOM A BOLÍVIA

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ISSN: 2446-6646
Editor Chefe: Josué da Costa Silva
Início Publicação: 01/01/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

O LUGAR DO IMIGRANTE BOLIVIANO EM GUAJARÁ-MIRIM (RO), FRONTEIRA DO BRASILCOM A BOLÍVIA

Ano: 2019 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Eliziane Lima Mendes, Zuíla Guimarães Cova dos Santos
Autor Correspondente: Zuíla Guimarães Cova dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Fronteira, Imigração, Residência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo ora apresentado traz dados e informações sobre o número de imigrantes bolivianos residentes na área urbana do município de Guajará-Mirim, este foi um subprojeto de pesquisa vinculado ao projeto Observatório da Imigração: Cartografias da Imigração na Fronteira do Brasil com a Bolívia. Um projeto de iniciação científica institucionalizado pelo Campus da Universidade Federal de Rondônia em Guajará-Mirim. Optamos por desenvolver uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa, assim ao longo do período de oito meses de pesquisa percorremos treze bairros dos quinze bairros situados na zona urbana do município de Guajará-Mirim /RO/BR, município que faz fronteira com a cidade de Guayaramerín/Beni/BOL. Para a coleta das informações utilizamos questionários com perguntas abertas e fechadas; conversas informais e observações. Verificamos a partir do relato de imigrantes bolivianos mais antigos, que nas últimas décadas, o fluxo migratório foi constantee dependendo das políticas econômicas dos países vizinhos, Brasil e Bolívia, o fluxo migratório aumentava ou diminuía. Ocorre que existem registros parciais sobre a população imigrante boliviana residente no município, essas informações podem ser solicitadas no setor de imigração da Polícia Federal, na Pastoral da Imigraçãoe no Consulado da Bolívia, porém nessas duas últimas instituições não um controle efetivo desses dados. Assim sendo, estes registros não totalizam nem representam a realidade numérica desta população na fronteira. Esta realidade nos inquietou e deu base a nossa questão problema: Quantos imigrantes bolivianos vivem na zona urbana de Guajará-Mirim. Nessa trajetória investigativa nosso aporte teórico foi baseado nos estudos de Becker (2009), a autora faz uma análise sobre esta realidade geopolítica das fronteiras internacionais do norte brasileiro, nos estudos de Machado (1998) sobre fronteiras internacionais e nos estudos de Santos (2016) sobre as relações e interações presentes na fronteira de Guajará-Mirim (Rondônia/Brasil) e Guayaramerín (Beni /Bol). Os resultados apontaram para um quantitativo baixo de imigrantes residentes em Guajará-Mirim, bem diferente do que era especulado pela pastoral da migração do município. A maioria dos imigrantes entrevistados têm como local de partida do seu processo migratório cidades do departamento do Beni e não apenas a cidade de Guayaramerín. E também, conseguimos identificar, os aspectos econômicos e culturais dessa população, as dificuldades enfrentadas por eles no processo de regularização do documento para permanência no Brasil, os bairros de maior concentração de residência e as escolas onde as crianças e adolescentes bolivianos estão matriculadas.



Resumo Espanhol:

El artículo presenta datos e informaciones sobre el número de inmigrantes bolivianos residentes en el área urbana del municipio de Guajará-Mirim, éste fue un subproyecto de investigación vinculado al proyecto Observatorio de la Inmigración: Cartografías de la Inmigración en la Frontera de Brasil con Bolivia. Un proyecto de iniciación científica institucionalizado por el Campus de la Universidad Federal de Rondônia en Guajará-Mirim. En el transcurso del período de ocho meses de investigación recorremos trece barrios de los quince barrios situados en la zona urbana del municipio de Guajará-Mirim / RO / BR, municipio que limita con la ciudad de Guayaramerín / Beni / BOL. Para la recolección de las informaciones utilizamos cuestionarios con preguntas abiertas y cerradas; conversaciones informales y observaciones. Hemos comprobado a partir del relato de inmigrantes bolivianos más antiguos, que en las últimas décadas, el flujo migratorio fue constante dependiendo de las políticas económicas de los países vecinos, Brasil y Bolivia, el flujo migratorio aumentaba o disminuía. En el caso de la población inmigrante boliviana residente en el municipio, estos datos se encuentran en el sector de inmigración de la Policía Federal, en la Pastoral de la Inmigración y en el Consulado de Bolivia en Guajará-Mirim. Estos registros no totalizan ni representan la realidad numérica de esta población en la frontera. Esta realidad nos inquietó y dio base a nuestra cuestión problema: ¿Cuántos inmigrantes bolivianos viven en la zona urbana de Guajará-Mirim. En esta trayectoria investigativa nuestro aporte teórico fue basado en los estudios de Becker (2009), la autora hace un análisis sobre esta realidad geopolítica de las fronteras internacionales del norte brasileño, en los estudios de Machado (1998) sobre fronteras internacionales y en los estudios de Santos (2016) sobre las relaciones e interacciones presentes en la frontera de Guajará-Mirim (Rondônia / Brasil) y Guayaramerín (Beni / Bol). Los resultados apuntaron a un cuantitativo bajo de inmigrantes residentes en Guajará-Mirim, muy diferente de lo que era especulado por la pastoral de la migración del municipio. La mayoría de los inmigrantes entrevistados tienen como lugar de partida de su proceso migratorio ciudades del departamento de Beni y no sólo la ciudad de Guayaramerín. Y también, logramos identificar, los aspectos económicos y culturales de esa población, las dificultades enfrentadas por ellos en el proceso de regularización del documento para la permanencia en Brasil, los barrios de mayor concentración de residencia y las escuelas donde los niños y adolescentes bolivianos están matriculados.