O lugar da racialização: sobre o associativismo marítimo de Manaus, 1905-1919

Manduarisawa

Endereço:
Avenida Rodrigo Otávio, 6200 - Japiim
Manaus / AM
69077-000
Site: http://periodicos.ufam.edu.br/manduarisawa
Telefone: (92) 9440-7119
ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

O lugar da racialização: sobre o associativismo marítimo de Manaus, 1905-1919

Ano: 2023 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: Caio Giulliano Paião
Autor Correspondente: Caio Giulliano Paião | [email protected]

Palavras-chave: Marítimos, racialização, associativismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, levanto alguns apontamentos teóricos sobre o uso do conceito de racialização para se entender o associativismo marítimo e que podem iluminar outras dimensões para os estudos dos mundos do trabalho no Amazonas. Busco sublinhar como o peso da racialização tende a revelar outros meandros na teia de sociabilidades tecida por trabalhadores/as em suas experiências associativas, que não se explicam inteiramente pelo viés único da “classe”. A ideia central aqui é defender a relevância de se considerar as lógicas de racialização presentes nas experiências associativas de uma categoria. Dessa forma, será possível deslindar processos mais complexos em torno da constituição da identidade operária em tempos posteriores à escravidão. Proponho aqui uma discussão teórica e bibliografia acerca dos mundos do trabalho e dos estudos da questão racial e da racialização no Brasil republicano. Recorro a essas referências para demonstrar sua aplicação em alguns dos meus resultados de pesquisa e publicações sobre o trabalho e o associativismo marítimo de Manaus.



Resumo Inglês:

In this paper I bring some notes on the use of the concept of racialization in the study of maritime associations that can illuminate other dimensions for the studies of the worlds of work in the Amazon. I seek to demonstrate how the racialization processes tends to reveal other backgrounds in the sociability woven by workers in their associative experiences, in addition to reinforcing other levels of hierarchization not exhausted in more orthodox categorizations, such as “class”. The central idea here is to defend the relevance of considering the logics of racialization present in the associative experiences of a category. In this way, it will be possible to unravel more complex processes surrounding the constitution of worker identity in times after slavery. The basis of our discussion here is found in the bibliography of the Worlds of Labor and studies of racial issues and racialization in republican Brazil. I use these references to demonstrate their application, as shown in some of my research results and publications on work and maritime associations in Manaus.