O LEGADO DE PLATÃO SOBRE O ADOECIMENTO DA ALMA E A CONTROVÉRSIA DE SEU DUALISMO

Revista Sísifo

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ISSN: 2359-3121
Editor Chefe: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius
Início Publicação: 31/12/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O LEGADO DE PLATÃO SOBRE O ADOECIMENTO DA ALMA E A CONTROVÉRSIA DE SEU DUALISMO

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 7
Autores: B. Torlay
Autor Correspondente: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius | [email protected]

Palavras-chave: Platão, Ivan Frias, Entrevista

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Publicado há mais de uma década, o trabalho de Ivan Frias intitulado Doença do corpo, doença da alma: medicina e filosofia na Grécia clássica (2005) agrega virtudes suficientes para se caracterizar como leitura de interesse permanente a estudantes e estudiosos de Filosofia e Medicina. A obra abrange parte significativa de sua tese de doutorado e se divide em dois capítulos. O primeiro situa Hipócrates no nascimento da arte médica, cujos ramos distintos são pontuados e discernidos. O segundo capítulo apresenta uma minuciosa análise do diálogo Timeu, obra na qual Platão, que tem na medicina um paradigma, evidencia esta influencia e define, “pela primeira vez na cultura do ocidente, doença da alma”, para retomar as palavras do autor. A análise não apenas nos oferece bases consistentes para repensar a complexidade do nexo corpo-alma, como problematiza a interpretação costumeira do dualismo platônico. Nessa medida, além de nos convidar a repensar a indissociabilidade entre corpo e alma na imagem cósmica platônica, propicia-nos um contraponto fundamental para se pensar o tema da melancolia, nome genérico que se atribui, entre os modernos, aos males da alma associados à espontaneidade indomável da imaginação.
Com o intuito de convidá-los a ler o estudo, interrogamos o autor sobre seis assuntos que nos inspiraram a leitura de seu livro. As réplicas se lêem a seguir.
Publicado há mais de uma década, o trabalho de Ivan Frias intitulado Doença do corpo, doença da alma: medicina e filosofia na Grécia clássica (2005) agrega virtudes suficientes para se caracterizar como leitura de interesse permanente a estudantes e estudiosos de Filosofia e Medicina. A obra abrange parte significativa de sua tese de doutorado e se divide em dois capítulos. O primeiro situa Hipócrates no nascimento da arte médica, cujos ramos distintos são pontuados e discernidos. O segundo capítulo apresenta uma minuciosa análise do diálogo Timeu, obra na qual Platão, que tem na medicina um paradigma, evidencia esta influencia e define, “pela primeira vez na cultura do ocidente, doença da alma”, para retomar as palavras do autor. A análise não apenas nos oferece bases consistentes para repensar a complexidade do nexo corpo-alma, como problematiza a interpretação costumeira do dualismo platônico. Nessa medida, além de nos convidar a repensar a indissociabilidade entre corpo e alma na imagem cósmica platônica, propicia-nos um contraponto fundamental para se pensar o tema da melancolia, nome genérico que se atribui, entre os modernos, aos males da alma associados à espontaneidade indomável da imaginação.
Com o intuito de convidá-los a ler o estudo, interrogamos o autor sobre seis assuntos que nos inspiraram a leitura de seu livro. As réplicas se lêem a seguir.