O jardim de Rousseau e a virtude do jardineiro

Cadernos De Ética E Filosofia Política

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ISSN: 15170128
Editor Chefe: Maria das Graças de Souza
Início Publicação: 31/12/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O jardim de Rousseau e a virtude do jardineiro

Ano: 2009 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: Wilson Alves de Paiva
Autor Correspondente: Wilson Alves de Paiva | [email protected]

Palavras-chave: rousseau, nova heloísa, emílio, educação, jardim

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os intérpretes da obra de Jean-Jacques Rousseau, em sua maioria,
concordam que há um esforço substancial em seus escritos para
provar não apenas a bondade original do homem e sua depravação ao
longo da história, mas também a possibilidade de resgate e conserto da
situação de desigualdade e degradação moral à qual a humanidade chegou.
Nesse aspecto, o presente artigo procura refletir sobre os componentes
naturais desse conserto e a forma como podem ser utilizados na
promoção e sustentação desse processo. Na metáfora do jardim, a virtude
do jardineiro do jardim da Nova Heloísa está precisamente em ter
reproduzido as condições naturais na maior fidedignidade possível, disfarçando
os traços de sua obra. Moral da alegoria: O conserto deve ser
fruto de um processo cultural, social e pedagógico que, no entanto, resgata
os desígnios da natureza.



Resumo Inglês:

Major interpreters of Rousseau’s thinking are in agreement
that his works present a substantial effort to prove man’s natural goodness,
as well as the process of moral decay along history. Along that, his
writings also discuss the possibilities of improving a different situation
by eliminating the moral degradation and inequality. Considering those
aspects, this paper aims to reflect about the natural components of that
improvement and, mainly, how they can be used in establishing and
keeping the process. In the novel Julie or The New Heloise, the “garden”
is a rich metaphor to understand that. It is not natural, but raised by the
gardener who knew how to reproduce natural conditions with the most
fidelity possible, disguising human traces and artificial frames. In the
same way, the repair of a rotten society and a depraved man must a cultural,
a social and a pedagogical process, but without invalidating
nature.