O imaginário como estrutura semiótica dos sintomas positivos da psicose paranoica: uma interface entre semiótica cognitiva e psicanálise

Estudos Semióticos

Endereço:
Av. Luciano Gualberto, 403 - Depto. Linguística - Fac. Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo - Cidade Universitária
São Paulo / SP
05508-900
Site: http://www.revistas.usp.br/esse
Telefone: (11) 3091-4586
ISSN: 1980-4016
Editor Chefe: Ivã Carlos Lopes
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

O imaginário como estrutura semiótica dos sintomas positivos da psicose paranoica: uma interface entre semiótica cognitiva e psicanálise

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: Marcus Lepesqueur
Autor Correspondente: Marcus Lepesqueur | [email protected]

Palavras-chave: semiótica cognitiva, psicanálise, psicose paranoica, iconicidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir de uma análise dos sintomas positivos da psicose paranoica, este artigo propõe uma interlocução entre a semiótica cognitiva e a psicanálise.  Pretende-se mostrar que a iconicidade pode constituir um sistema epistemológico que serve de pano de fundo para a semiose delirante. A adesão ao imaginário, característica da psicose lacaniana, torna-se, aqui, equiparável à predominância de um esquema icônico que modula a interação entre o sujeito psicótico e o outro. Por fim, apresenta-se um modelo preliminar da semiose delirante, capaz de oferecer uma inteligibilidade, em termos cognitivos, para o processo empático sobre o qual se desenrola os sintomas positivos da psicose.



Resumo Inglês:

Departing   from   an   analysis   of positive   symptoms   of   paranoid psychosis,  this  paper  proposes  a  dialogue  between  cognitive  semiotics  and psychoanalysis.   It   is   intended   to   show   that   iconicity   can   constitute   an epistemological system that serves as a ground for delusional semiosis. Here, the adhesion  to  the  imaginary,  an  attribute  of  Lacanian  psychosis,  becomes comparable to the predominance of an iconic scheme that modulates interaction between psychotic subject and the other. Finally, we present a preliminary model of  delusional  semiosis  that  provides  cognitive  intelligibility  for  the  empathic process in which the positive symptoms of psychosis is unfold.