O GOSTO POPULAR E A ESTÉTICA DO ACASO

Revista Todavia

Endereço:
Avenida Bento Gonçalves 9500 - Agronomia
Porto Alegre / RS
91509-900
Site: https://seer.ufrgs.br/revistatodavia/index
Telefone: (51) 3308-6630
ISSN: 2179-1369
Editor Chefe: Luciana Garcia de Mello
Início Publicação: 09/07/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Arqueologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

O GOSTO POPULAR E A ESTÉTICA DO ACASO

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Marcos Freire de Andrade Neves
Autor Correspondente: Marcos Freire de Andrade Neves | [email protected]

Palavras-chave: Consumo, distinção, estética, favela, gosto.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo busca ampliar a compreensão sobre o gosto enquanto processo de distinção social nas camadas populares. A pesquisa desenvolvida baseia-se em etnografias realizadas na Vila Chocolatão, localidade de baixa renda situada em área valorizada da cidade de Porto Alegre. Três eixos argumentativos compõem a estrutura da pesquisa, sendo todos envolvidos por meio de um mesmo elemento: o lixo. Enquanto a coleta e a reciclagem de lixo seco constituem a maior atividade econômica da Vila, o mesmo lixo coletado é responsável pela sua estética urbana, associada aqui ao trabalho de bricolagem (LÉVI-STRAUSS, 1970), ao qual a inexistência de um projeto arquitetônico prévio e a coleta de material encontrado ao acaso são essenciais. Após contextualizar a Vila estética e economicamente, intenta-se uma discussão sobre o gosto popular a partir de uma perspectiva do consumo e da constatação das suas diferenças econômicas internas – perceptíveis, inclusive, esteticamente e através do discurso local, como o uso dos termos rico e pobre.