Este artigo se propõe a analisar o filme-performance Buracos no Céu (Evaldo Mocarzel, 2013) e refletir sobre a construção do conceito de espaço qualquer, desenvolvido por Gilles Deleuze em sua ontologia da imagem cinematográfica. Minha análise se debruça, especificamente, sobre excertos do filme-performance, em que a imagem-afeccão, em seus lampejos icônicos da imagem-movimento, coteja os opsignos e sonsignos puros da imagem-tempo na construção de um modo documental performático. Como aportes para a reflexão pretendida também são consideradas algumas contribuições da semiótica peirceana, bem como outras teorias propostas por pesquisadores do cinema documental e das mídias audiovisuais.
This article aims to analyze the performance-movie Holes in the Sky (Evaldo Mocarzel, 2013) and reflect on the construction of the concept of whatever space, developed by Gilles Deleuze in his ontology of the cinematographic image. The analysis is focused specifically on excerpts from performance-movie, in which the affection-image, in its iconic flashes of movement-image, matches the pure op-signs and son-signs of the time-image in the making of a performative documentary mode. As subsidies to the intended reflection, one also takes into account some contributions from Peirce’s semiotics, as well as a few theories proposed by other researchers on documentary film and audiovisual media.