O filósofo e o místico: da sociedade fechada à ruptura moral

Atualidade Teológica

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ISSN: 16763742
Editor Chefe: André Luiz Rodrigues da Silva
Início Publicação: 30/11/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

O filósofo e o místico: da sociedade fechada à ruptura moral

Ano: 2013 | Volume: 17 | Número: 43
Autores: Pablo Enrique Abraham Zunino
Autor Correspondente: P. E. A. Zunino | [email protected]

Palavras-chave: Bergson, sociedade, moral, mística.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ao longo da sua obra, Bergson estabelece uma série de oposições
conceituais tais como espaço e duração, matéria e memória, inteligência e
instinto. Seguindo essa linha de raciocínio, qual seria a oposição que marca o
seu último livro – As duas fontes da moral e da religião? Trata-se da oposição
entre a moral fechada e a moral aberta. Por isso, o objetivo deste artigo é
investigar em que sentido a “emoção mística” pode proporcionar uma abertura
moral capaz de operar uma “conversão da vontade” na alma humana,
cujo alcance pode ser notado nas mudanças da sociedade ao longo da história.
A linguagem dos místicos, com efeito, traduz em representações a emoção
particular da alma que se abre e rompe com a natureza que a encerrava na
sociedade fechada. Essa ruptura moral, portanto, pode ser entendida como
um desdobramento da tese segundo a qual toda moral é de essência biológica:
de um lado, a moral de pressão, que mantém a coesão social à maneira do
instinto nas sociedades de insetos; de outro, a moral de aspiração, entendida
como um contato místico, isto é, uma coincidência com o impulso vital.



Resumo Espanhol:

A lo largo de su obra, Bergson establece una serie de oposiciones
conceptuales tales como espacio y tiempo, materia y memoria, inteligencia
e instinto. Siguiendo esa línea de razonamiento, cuál sería la oposición que
marca su último libro – Las dos fuentes de la moral y de la religión? Se
trata de la oposición entre la moral cerrada y la moral abierta. Por eso, el
objetivo de este artículo es investigar en qué sentido la “emoción mística”
puede proporcionar una apertura moral capaz de operar una “conversión de
la voluntad” en el alma humana, cuyo alcance se puede notar en los cambios
de la sociedad a lo largo de la historia. El lenguaje de los místicos, en efecto,
traduce en representaciones la emoción particular del alma que se abre y
rompe con la naturaleza que la vincula a la sociedad cerrada. Esta ruptura
moral, por lo tanto, se puede entender a partir del argumento según el cual
toda moralidad es de esencia biológica: por un lado, la moral de presión, que
mantiene la cohesión social del mismo modo que el instinto en las sociedades
de insectos; por otro lado, la moral de aspiración, entendida como un contacto
místico, es decir, una coincidencia con el impulso vital.