O estranhamento como estratégia para o ensino/aprendizagem de Arte

Revista Nupeart

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta, 2007 - Ceart - Itacorubi
Florianópolis / SC
88035-001
Site: https://periodicos.udesc.br/index.php/nupeart/index
Telefone: (48) 3664-7971
ISSN: 2358-0925
Editor Chefe: André Carreira
Início Publicação: 01/09/2002
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

O estranhamento como estratégia para o ensino/aprendizagem de Arte

Ano: 2021 | Volume: 25 | Número: 25
Autores: Nicole Carvalho de Araújo Álvares, Juliana Gouthier Macedo
Autor Correspondente: Nicole Carvalho de Araújo Álvares | [email protected]

Palavras-chave: estranhamento, ensino/aprendizagem, arte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo traz a discussão acerca de uma proposição para o ensino/aprendizagem de arte fundamentada na ideia de se provocar estranhamentos como estratégia para, entre outras questões, aguçar a percepção e alimentar discussões acerca da arte. O ponto de partida para a elaboração desta proposta foi um incômodo provocado por inscrições na parede de uma igreja - durante uma viagem a Ouro Preto (MG) – que se revelou potente para desencadear o que Paulo Freire chama de curiosidade epistemológica. Ou seja, algo que nos instigue tende a gerar questões e catalisar a construção de sentido para o processo de aprendizado. Na busca por referências que pudessem trazer pistas para refletir sobre a relação entre o estranhamento provocado por algumas imagens com as quais nos deparamos no nosso cotidiano e os processos de construção de conhecimento em arte, a discussão ganhou corpo com a ideia de curto-circuito de Jacques Rancière, em diálogo com as proposições de educação crítica e problematizadora de Paulo Freire, bell hooks e Ana Mae Barbosa e ainda com as concepções de arte urbana de Vera Pallamim.



Resumo Inglês:

This article discusses a proposition for teaching / learning art  based  on  the  idea  of  causing  strangeness  as  a  strategy  to,  among other issues, develop the perception and increase discus-sions  about  art.  The  starting  point  for  the  elaboration  of  this  proposal was a discomfort caused by inscriptions on the wall of a church - during a trip to Ouro Preto (MG) - which proved to be potent to unleash what Paulo Freire calls epistemological curio-sity. In other words, something that instigates us tends to gene-rate questions and catalyze the construction of meaning for the learning  process.  Seeking  for  references  that  could  bring  clues  to find a relationship between the strangeness caused by some images  that  we  encounter  in  our  daily  lives  and  the  processes  of knowledge construction in art, the discussion was fomented by the idea of Jacques Rancière’s short circuit, in dialogue with  the critical and problematizing education propositions of  Paulo Freire,  Bell  Hooks  and  Ana  Mae  Barbosa,  in  addition  to  Vera  Pallamim's urban art conceptions.