O esgotamento do fordismo e o neoliberalismo como "fuga para frente" do capital de sua crise estrutural.

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ISSN: 19803532
Editor Chefe: Fernando Ponte de Sousa
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

O esgotamento do fordismo e o neoliberalismo como "fuga para frente" do capital de sua crise estrutural.

Ano: 2013 | Volume: 1 | Número: 10
Autores: Remo Moreira Brito Bastos
Autor Correspondente: Remo Moreira Brito Bastos | [email protected]

Palavras-chave: Capitalismo; Fordismo; Keynesianismo; Neoliberalismo; Crise estrutural do capital

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Resumo Português:

O presente texto busca recuperar os nexos causais e as condições históricas que desencadearam o aparecimento do neoliberalismo, ordem social por meio da qual os capitalistas empreenderam a recuperação da hegemonia econômica, social, política e cultural nas sociedades de capitalismo avançado e a neo-colonização das nações periféricas. Impossibilitado de enfrentar as raízes de suas inexoráveis crises, o sistema sociometabólico do capital opta, após a Segunda Grande Guerra, pela estratégia da "fuga para frente", de modo a dar sobrevida a suas cíclicas fases de expansão da acumulação de capital. Faz isso deslocando espacialmente e temporalmente aquelas contradições, consubstanciando um padrão de acumulação que ficou conhecido como fordismo, cujo esgotamento, a partir de meados da década de 1960, passar a comprometer seriamente a acumulação de capital nos países de capitalismo avançado, deflagrando uma crise cuja natureza, inédita, ameaça sobremaneira a própria existência do sistema.