O Ensino de Medicina do Trabalho no Brasil

Revista Brasileira De Medicina Do Trabalho

Endereço:
Rua Peixoto Gomide, 996 cj. 350
São Paulo / SP
0
Site: http://www.anamt.org.br/?id_item=241&t=Conte%FAdo%20Exclusivo
Telefone: (11) 3251-0850
ISSN: 16794435
Editor Chefe: [email protected]
Início Publicação: 30/06/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Medicina

O Ensino de Medicina do Trabalho no Brasil

Ano: 2011 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Eliane de Medeiros Kawakami, Leandro Müller de Arruda, Felipe Campoi Borguetti, Juliana Midori Hayashide, Lígia Carvalho Albuquerque, Mariana Queiroz Florindo Soeiro Souza, Renata Suguimoto Vido, Luiz Carlos Morrone
Autor Correspondente: Eliane de Medeiros Kawakami | [email protected]

Palavras-chave: Medicina do trabalho, instituições acadêmicas, Medicina, questionários.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contexto: As Convenções 155 e 161 da Conferência Internacional do Trabalho e a Constituição da República Federativa
do Brasil de 1988 justificam a necessidade do país investir na preparação de profissionais que atuem na
área da saúde dos trabalhadores. Objetivos: Estudar a situação nacional do ensino de Medicina do Trabalho nos
cursos de formação para médicos através das respostas às seguintes questões: proporção de escolas médicas que
ministram a disciplina, características do corpo docente, como as aulas são ministradas, temas discutidos, referências
utilizadas e principais dificuldades. Métodos: Em pesquisa no banco de dados do Ministério da Educação
foram apontadas 176 escolas médicas autorizadas a matricularem alunos; foi possível comunicação com 159; destas,
39 ministraram a disciplina durante 2008. Estudos em outros países possibilitaram a obtenção de dados comparativos.
Resultados: Predominam escolas médicas na região sudeste do país. A maioria dá caráter obrigatório à
disciplina. Visitas a locais de trabalho e discussão de casos clínicos com pacientes são utilizados como método de
ensino em grande parte delas. A relação número de alunos por docentes foi de 1 para mais de 40 em 15 escolas
(38,5%). O número e o enfoque dado os temas citados como conteúdo das atividades teóricas são variados. Também
são variadas as referências recomendadas aos alunos. Apenas em 26 escolas (66,6%), a disciplina foi avaliada
como ótima ou boa pelos estudantes. Conclusão: Embora a participação das escolas médicas neste levantamento
tenha sido baixa (24,5%), foi considerada suficiente para se concluir que o ensino de Medicina do Trabalho
nas escolas médicas brasileiras ainda é incipiente, demandando maior atenção das entidades governamentais.



Resumo Inglês:

Background: The 155 and the 161 Conventions of International Labor Organization and the Brazilian Constitution of 1988 justify the necessity of the country in preparing professionals that actuate on the area of workers’ health. Objectives: To study the national situation of the Occupational Medicine classes in the under graduated Medicine courses through the answers to these questions: proportion of schools that have included the discipline in their curricula, the teaching staff characteristics, how the lessons are explained; the matters discussed; the references utilized and the main difficulties. Methods: The official register of the Education Ministry indicated 176 Medicine schools authorized in the country; it was possible to contact with 159 of them. Out of these, 39 included the discipline in 2008. Similar studies in other countries were evaluated for comparison. Results: The schools that teach occupational medicine are more frequent in the southeast region of the country. In the most part of them, the discipline has compulsory character. The visits to workplaces and the clinical cases discussion are used like learning method in many schools. The ratio of professors to students was 1 to 40 or more in 15 (38.5%) schools. The number and the subject learned were variable, as well as the references indicated for the students. The assessment of the discipline was excellent or good by students of only 26 (66.6%) schools. Conclusion: Although the participation of the schools in this study has been small (24.5%), it was sufficient to conclude that the teaching of Occupational Medicine in Brazil is incipient and demands more attention of the educational authorities.