O discurso racional cartesiano na segunda prova da existência de Deus

Horizonte

Endereço:
Av. Dom José Gaspar, 500 – Prédio 04,
Belo Horizonte / MG
Site: http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte
Telefone: (31) 3319-4633
ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

O discurso racional cartesiano na segunda prova da existência de Deus

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 16
Autores: Monica Fernandes Abreu
Autor Correspondente: Monica Fernandes Abreu | [email protected]

Palavras-chave: infinito, finito, causalidade, criação contínua

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta reflexão pretende mostrar o discurso racional cartesiano na segunda prova da existência de
Deus. Para tanto, Descartes se depara com uma pergunta central: qual a causa da existência da res
cogitans que é finita e possui a ideia de infinito? A resposta é encontrada na desproporcionalidade
ontológica entre o finito e o infinito. Essa desproporcionalidade é elucidada mediante dois
conceitos: o princípio de causalidade, que determina que a causa deve ser igual ou superior à coisa
causada, e o princípio de criação contínua, em que a causa que criou o ser não é menor do que
aquela que o conserva em sua existência. As objeções destacadas no texto contra os argumentos
cartesianos foram escolhas deliberadas que servem para elucidar a importância da racionalidade
como fundamento para a prova da existência de Deus. A relação entre o entendimento e a
liberdade, apresentada no texto sucintamente, justifica a impossibilidade da res cogitans ser causa
de si mesma.



Resumo Inglês:

This essay aims to show the rational Cartesian discourse on the second proof of God’s existence. In
order to do so, Descartes faces a core question: which is the cause for the existence of the res
cogitans that is finite in front of the idea of the infinite? The answer is found in the ontological
disproportionality between the finite and the infinite. This disproportionality is elucidated through a
couple of crucial concepts: the principle of causality, which determines that the cause must be equal
or superior to the caused thing, and the principle of continuous creation, in which the cause that
created the being is not inferior than the one that preserves its existence. The objections highlighted
in the text against the Cartesian arguments were deliberated choices, to elucidate the relevance of
rationality as the foundation for the proof of God’s existence. The relation between the
understanding and the liberty, showed on the text even if succinctly, justifies the impossibility of
the res cogitans to be the cause of itself.