O Diário de Anne Frank: uma compreensão fenomenológica a partir do modo de ser no mundo


O Diário de Anne Frank: uma compreensão fenomenológica a partir do modo de ser no mundo

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 32
Autores: Joaquim Iarley Brito Roque / Mariana Rafael Xenofonte / Raianne Ferreira Lima
Autor Correspondente: Joaquim Iarley Brito Roque | [email protected]

Palavras-chave: Fenomenologia; Anne Frank; Existenciais; Ser-no-mundo; Normal e patológico.

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Resumo Português:

A vida de Anne Frank deixou vastos conteúdos que podem ser analisados e estudados pela fenomenologia, em especial
o período em que passou escondida juntamente com sua família e amigos, entre os anos de 1942 a 1944, que se intercala na Segunda Guerra Mundial. Durante este espaço de tempo, Anne escreveu um diário, onde conta suas alegrias, sonhos e aflições, o qual, após sua morte, foi publicado e tornou-se mundialmente conhecido. Anne viveu durante a maior guerra do século XX, tempo em que houve milhões de mortes e grandes mudanças para a humanidade, consequentemente trazendo também modificações para ela. Por ser judia, Anne teve que viver dois anos escondida das tropas nazistas, em um local conhecido como Anexo Secreto. Tal aprisionamento poderia acarretar na instalação ou não de patologias, visto que se fez necessária a remodelação das suas vivências, modos de ser e existir. Este trabalho utiliza-se da revisão bibliográfica de teóricos como Husserl, Merleau-Ponty, Heidegger e Boss, que estabeleceram sua linha de pensamento dentro desta área, além de autores como Moreira e Maldonato, que acrescentaram uma nova visão à fenomenologia recentemente. Buscando reafirmar o viés fenomenológico nos escritos de Anne, são apresentados aqui conceitos existenciais, do modo de ser-nomundo e do que é a patologia e a normalidade. Tais conceitos são expostos e relacionados à vida de Anne Frank, tendo como principal material para esta produção o diário escrito pela mesma.