O DEVANEIO DE LOL EM LE RAVISSEMENT DE LOL.V. STEIN DE MARGUERITE DURAS

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ISSN: 2177-6288
Editor Chefe: Shirley de Souza Gomes Carreira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Letras

O DEVANEIO DE LOL EM LE RAVISSEMENT DE LOL.V. STEIN DE MARGUERITE DURAS

Ano: 2012 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Maria Cristina Vianna Kuntz
Autor Correspondente: Maria Cristina Vianna Kuntz | [email protected]

Palavras-chave: Literatura Contemporânea, Duras, devaneio

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Ainda hoje, 16 anos após seu desaparecimento, Marguerite Duras é lembrada por
sua obra controversa, seu rosto “devastado” sua voz rouca e grave, seus filmes herméticos e
intraduzíveis. Sua obra denuncia a submissão da mulher, o mais profundo de sua alma, seu
vazio, seus mais íntimos desejos. Afastando-se do ponto de vista realista, ela alcança uma
escritura lacunar, hesitante, sugestiva, porque é impossível contar o “inominável”. Dentre todos
os romances, é em Le ravissement de Lol V. Stein, publicado em 1964, que o “estilo” durassiano
atinge a “admirável maturidade” (ARMEL, 2011, p.51). Sob uma intriga aparentemente
simples, um triângulo amoroso, a autora esconde em sua escrita fragmentária um significado e
uma beleza maior a serem desvendados. O devaneio da protagonista no campo de centeio
constitui o momento revelador por excelência deste romance. Neste trabalho examinaremos esse
momento da narração procurando mostrar sua poeticidade e a natureza do “canto” durassiano.



Resumo Inglês:

Nowadays, sixteen years after her disappearance, Marguerite Duras is reminded
by her controversial work, her “ravaged” face, her husky and grave voice, her hermetic and
untranslatable films. Her work denounces the woman’s submission, the most depth of her soul,
her emptiness, her most inner desires. Away from realistic point of view, she will attain a
lacunary, hesitated, suggestive writing because it is impossible to tell “the Undesignated”.
Among all her novels, it is in Le ravissement de Lol V. Stein, published in 1964, that the
durassian “style” attains the “admirable maturity” (ARMEL, 2011, p.51). Under an apparently
simple plot, a love triangle, the author hides a meaning and a major beauty to be discovered in
her fragmentary writing. The protagonist’s reverie in the rye field constitutes the moment of the
main revelation in this novel. In the present work we will examine this moment of the narration
trying to show her poetry and the nature of the durassian “song”.