O desencanto revolucionário e o anti-herói em contextos africanos: Amadou Hampâté Bâ e Paulina Chiziane

Odisseia

Endereço:
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 - Lagoa Nova
Natal / RN
59078-970
Site: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/index
Telefone: (84) 3342-2220
ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

O desencanto revolucionário e o anti-herói em contextos africanos: Amadou Hampâté Bâ e Paulina Chiziane

Ano: 2014 | Volume: 0 | Número: 13
Autores: Débora Leite David
Autor Correspondente: D. L. David | [email protected]

Palavras-chave: romance, Mali, Moçambique, anti-herói, pós-independência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Finda a euforia revolucionária com as independências africanas, novos projetos estéticos e literários surgem diante de um contexto social e histórico que traz tristeza e desilusões pela frustração na realização das utopias revolucionárias. Os golpes de estado e as ditaduras que se multiplicam pelos espaços africanos independentes ensejam a personagem do anti-herói nos romances publicados nessa fase pós-independência, como ocorre nas obras L´Étrange Destin de Wangrin, de Amadou Hampâté Bâ e Ventos do apocalipse, de Paulina Chiziane. Entretanto, a reconstrução dessa imagem heroica, no âmbito da distopia revolucionária, indica que a figura do herói não é um molde pronto e acabado. Trata-se de uma construção contínua, segundo Peter Burke, que se atualiza com as necessidades de uma sociedade, modelando-se a partir de protótipos ancestrais.