Este trabalho demonstra que o aumento na distribuição de proventos em dinheiro pelas companhias brasileiras deveu-se a um crescimento na propensão a remunerar os acionistas e não à s mudanças de caracterÃsticas das empresas. Diferentemente dos EUA, a atual estrutura tributária brasileira favorece a remuneração direta, tornando as empresas mais propensas a tal. Analisando separadamente dividendos e juros sobre o capital próprio, observa-se que os juros sobre o capital próprio tornaram-se o principal mecanismo de distribuição direta. As firmas mais prováveis de remunerar diretamente caracterizam-se como as mais lucrativas, maiores e menos endividadas.