O Grupo Pigmalião – escultura que mexe –, com a dicção que lhe é própria em afetar o espectador, surpreendeu o Teatro de Animação, em 2014, com a encenação O quadro de todos juntos. A escolha da máscara-porco em corpo bípede acentua a fronteira da humanidade e não-humanidade denunciando o domínio sobre o animal e, sobretudo, sobre o outro. E, ao repetir o gesto da despersonalização/desumanização pela máscara no ator, confirma sua vocação tanto pelo gênero do Teatro de Animação quanto pelo “outro corpo” para o comportamento desse ator na cena: o boneco como referência do “modelo de interpretação” ou a busca da “nova gestualidade”.