O presente artigo pretende analisar, a partir de alguns documentários moçambicanos contemporâneos, o modo como o corpo traspassado pela experiência do HIV/AIDS passa a ser constituído e significado. Tendo como norte o cruzamento entre antropologia, cinema e literatura, proponho o desafio de pensar a compreensão do corpo para além de determinantes dualistas e essencialistas. Nesse sentido, a proposta é a de compreender e perceber outras possibilidades de interpretação do corpo como constructo social, e que estão para além de uma abordagem medicalizante.
This article analyzes how the body marked by the experience of HIV / AIDS is constituted and meant in some Mo-zambican contemporary movies. By taking as a guideline the intersection among anthropology, cinema and literature, my purpose is to comprehend the body beyond dualistic and essentialist determinants, looking for new possibilities for interpreting the body as a social construct, other than the medicalising approach.