O corpo criador, dançarino-poeta da própria existência

Revista Trágica

Endereço:
Largo de São Francisco, no1, 3o andar, sala 307-A, Centro
Rio de Janeiro / RJ
20051070
Site: http://www.tragica.org
Telefone: (21) 2224-6379
ISSN: 19825870
Editor Chefe: André Martins
Início Publicação: 31/05/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O corpo criador, dançarino-poeta da própria existência

Ano: 2012 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: Ivan Maia de Mello
Autor Correspondente: Ivan Maia de Mello | [email protected]

Palavras-chave: corpo criador, vontade de potência, estilo, poesia, dança

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A nossa proposta é a de elaborar a compreensão do ser próprio corporal criador em devir, que cria a si mesmo, por si mesmo e para além de si mesmo, tornando-se o que é: poeta da própria existência que faz da vida uma obra de arte por meio de um estilo singular na arte de viver. O objetivo deste texto é o de discutir as possibilidades de uma educação de si no sentido filosófico que põe em questão o valor da existência a partir da consideração do processo de apropriação de si enquanto “corpo criador” que deve se preparar para afirmar poeticamente o devir como a dança da vida. O corpo é pensado filosoficamente por Nietzsche como o ser próprio a partir do qual surgem pensamentos e sentimentos, e cuja vontade reúne e coordena a multiplicidade de impulsos, pulsões, instintos, desejos e inclinações do ser humano. Apresenta-se aqui uma interpretação do corpo segundo Nietzsche em que se discute o papel da sensibilidade na interpretação a partir dos afetos e impulsos do corpo, o “pressuposto fisiológico” da “grande saúde” do corpo criador e o devir em que se torna o que é.



Resumo Inglês:

Our proposal may be presented as a preparation of an comprehension of the corporal creative self in it’s becoming, which creates itself, by itself and beyond itself, becoming what it is: poet of his own existence, one who makes life a work of art by the way of a singular stile in the art of living. The goal of this text is to discuss the possibilities of a self-education in a philosophical meaning which states the question of the value of the existence considering the process of self appropriation as a “creative body”, that must prepare itself to affirm poetically the becoming as the dance of life. The body is thought philosophically by Nietzsche as the self from which arises thoughts and feelings, and whose will to power gathers and coordinates the multiplicity of human’s impulses, instincts and desires. It’s presented here an interpretation of the body according to Nietzsche in which is discussed the sensibility’s role in interpreting as from body’s affects and impulses, the “physiological presuposal” of body’s “great health” and the becoming in which it becomes what it is.