O CONCEITO DE PULSÃO NA PSICANÁLISE FREUDIANA: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA FILOSOFIA DE MARTIN HEIDEGGER

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

O CONCEITO DE PULSÃO NA PSICANÁLISE FREUDIANA: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA FILOSOFIA DE MARTIN HEIDEGGER

Ano: 2018 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Jilvania de Jesus Barbosa, Caroline Vasconcelos Ribeiro
Autor Correspondente: Jilvania de Jesus Barbosa | [email protected]

Palavras-chave: Dasein, Freud, Heidegger, Pulsão.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na obra Seminários de Zollikon Heidegger afirma que Freud, ao conceber o psiquismo como um aparelho mobilizado por um jogo de forças pulsionais, alinha seu saber com o perfil explicativo das ciências da natureza. Ao destinar uma semântica fisicalista para pensar os fenômenos psíquicos, a exemplo do conceito de pulsão, a psicanálise freudiana estaria ancorada em procedimentos afinados aos das ciências naturais. Heidegger questiona o entendimento dos fenômenos humanos a partir deste tipo de semântica e indica que a sua compreensão de homem enquanto Dasein (ser aí) se opõe a este tipo de conceituação. O filósofo assevera que, ao postular a existência de uma força mobilizando a máquina psíquica, Freud estaria destinando ao homem categorias que são estrangeiras aos seus modos de existir. No texto Ansiedade e Vida Pulsional, Freud se refere à teoria das pulsões como sua mitologia e à pulsão como uma entidade mítica. Com este artigo, pretendemos colocar em discussão o conceito freudiano de pulsão, tendo em vista a posição de Heidegger quanto ao seu caráter científico-natural e o argumento de Freud que indica tratar-se de um conceito obscuro, de uma entidade mítica.



Resumo Inglês:

In the work “Zollikon Seminars” Heidegger affirm that Freud, when designing the psyche as a unit mobilized by a set of instinctual forces, aligns their knowledge with the explanatory profile of the natural sciences. By destining a physicalist semantics to think about psychic phenomena, such as the concept of drive, Freudian's psychoanalysis would be anchored in procedures according to the natural sciences. Heidegger questions the understanding of human phenomena from this type of semantics and indicates that his understanding of man as Dasein (being there) is opposed to this type of concept. The philosopher asserts that, by postulating the existence of a force mobilizing the psychic machine, Freud would be destining to the man categories that are foreign to their way of being. In the text “Anxiety and Instinctual Life”, Freud refers to the theory of drives (Trieb) as their mythology and drive as a mythical entity. With this article, we intend to put in discussion the Freudian concept of drive (Trieb), considering the position of Heidegger as to be scientific and natural character, and the Freud’s argument indicating that this is an obscure concept, of a mythical entity.