O cinema romântico de Werner Herzog: aproximações entre o Romantismo Alemão e o conceito de Verdade Extática

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

O cinema romântico de Werner Herzog: aproximações entre o Romantismo Alemão e o conceito de Verdade Extática

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 48
Autores: Jéssica Pereira Frazão, Regiane Regina Ribeiro
Autor Correspondente: Jéssica Pereira Frazão | [email protected]

Palavras-chave: romantismo alemão, verdade extática, Werner Herzog, cinema.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo parte da investigação acerca das semelhanças existentes entre o movimento intelectual conhecido como Romantismo Alemão e o conceito de Verdade Extática de Werner Herzog. Buscamos reconhecer, no cinema do cineasta, proposições de uma estética de influência romântica. Utilizamos, como metodologia principal, fontes diretas referentes à abordagem da Teoria dos Cineastas, isto é, além de fragmentos das obras fílmicas per se, também as entrevistas e declarações analisadas nos discursos de Werner Herzog a respeito da feitura dos filmes enquanto processos de criação. Os principais resultados obtidos diante da associação estabelecida apontam para: (1) indissociabilidade entre a tendência ao escapismo, inerentemente romântica, e os personagens herzoguianos; (2) fuga para a natureza como única opção restante; (3) momentos carregados da sensação de medo, arrepio e paralisia.



Resumo Inglês:

This article explores the similarities between the intellectual movement German Romanticism and Werner Herzog’s concept of Ecstatic Truth. We seek to single out, in the filmmaker’s cinema, propositions of a romantic-influenced aesthetics. As methodology, we use direct sources related to the approach of “Theory of Filmmakers”. In other words, besides film fragments, we also turned to interviews and declarations by Werner Herzog about the making of his films as a creation process. The main similarities found from this comparison were: (1) an inherently romantic tendency towards escapism, present among Herzog’s characters; (2) nature seen as the only option left, and (3) moments filled with the sensation of fear, shiver and paralysis.