Este artigo propõe uma reflexão sobre o berçário no Centro de Educação Infantil (CEI) como espaço legítimo de educação, cuidado e construção de vínculos, reconhecendo os bebês como sujeitos de direitos e protagonistas de suas próprias aprendizagens. A discussão parte de um breve panorama histórico da Educação Infantil no Brasil, mostrando sua transição de uma prática assistencialista para uma etapa essencial da Educação Básica. À luz do Currículo da Cidade de São Paulo (2020) e de autores como Emmi Pikler, Loris Malaguzzi, Sonia Kramer e Tizuko Kishimoto, são analisadas as experiências cotidianas no berçário e o papel do educador como mediador sensível e intencional do desenvolvimento integral dos bebês. O estudo responde a questões de pesquisa relacionadas ao currículo, às interações, às brincadeiras e à importância do planejamento pedagógico desde os primeiros meses de vida.