O Belo e o macho: a masculinidade nas arquibancadas de um estádio de futebol

Áltera

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Programa de Pós-graduação em Antropologia. Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Conjunto Humanístico Bloco IV. Cidade Universitária.
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Telefone: (83) 98631-8440
ISSN: 24479837
Editor Chefe: Lara Santos de Amorim
Início Publicação: 30/11/2015
Periodicidade: Semanal
Área de Estudo: Antropologia

O Belo e o macho: a masculinidade nas arquibancadas de um estádio de futebol

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 6
Autores: P. C. P. Carvalho
Autor Correspondente: P. C. P. Carvalho | [email protected]

Palavras-chave: masculinidade, gênero, futebol, antropologia urbana

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo parte de pesquisas de campo realizadas ao longo de 2017 e dos primeiros meses de 2018, no Estádio Almeidão, em João Pessoa, em meio à torcida do Botafogo da Paraíba. Em diferentes incursões, todas feitas em jogos oficiais do clube em questão, o que se percebeu foi um ambiente predominante de homens, heterossexuais, cuja masculinidade é sempre reforçada como aspecto positivo e como parte definidora de sua identidade. Ao mesmo tempo, o uso de xingamentos homofóbicos serve para marcar o clube e a torcida rival, como seres que merecem ser menosprezados, atacados ou combatidos. Isso provoca, mesmo que às vezes de forma inconsciente, um ambiente hostil para mulheres e para homossexuais da própria torcida botafoguense, que também se fazem presentes ao estádio. O objetivo aqui, pois, é entender como os marcadores sociais da diferença interferem nas relações entre os torcedores e reforça uma violência simbólica contra determinados grupos.