As políticas públicas educacionais são frequentemente orientadas por diretrizes que atendem às demandas do sistema capitalista, alinhando a formação continuada dos docentes a conceitos de modernização, produtividade e resultados, muitas vezes em detrimento de uma abordagem humanista. Compreender como o neoliberalismo influencia a formação continuada de professores, identificando os impactos dessa perspectiva econômica nas políticas educacionais e na prática docente. A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Para a seleção das publicações, foram definidos critérios rigorosos de inclusão e exclusão, considerando artigos, capítulos de livros e teses indexados em bases como Scielo e CAPES. As análises focaram nas inter-relações entre neoliberalismo, educação e formação continuada. A discussão evidenciou que as políticas educacionais influenciadas pelo Banco Mundial priorizam a eficiência econômica, subordinando a formação inicial e continuada a lógicas de custo-benefício. A formação continuada, promovida principalmente por cursos rápidos e a distância, contribui para a precarização do trabalho docente e o enfraquecimento da autonomia. Essa lógica trata a educação como um investimento em capital humano, ampliando desigualdades e distanciando-se de uma perspectiva inclusiva e crítica. Enquanto conclusão aponta-se para a urgência de repensar políticas educacionais que valorizem os professores, promovam equidade e respondam às diversidades locais. É essencial equilibrar demandas de mercado com uma educação transformadora, fortalecendo tanto a formação inicial quanto a continuada, visando a um sistema mais justo e democrático.