O Axioma da Correspondência Linear e a Estrutura Sintagmática Nua: um levantamento de propostas de compatibilização

Revista Filologia e Linguística Portuguesa

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ISSN: 2176-9419
Editor Chefe: Prof. Dr. Sílvio de Almeida Toledo Neto
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

O Axioma da Correspondência Linear e a Estrutura Sintagmática Nua: um levantamento de propostas de compatibilização

Ano: 2014 | Volume: 16 | Número: Especial
Autores: Pablo Faria
Autor Correspondente: P. Faria | [email protected]

Palavras-chave: Sintaxe, linearização, merge, assimetria

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho, uma incompatibilidade já amplamente conhecida entre o Axioma da Correspondência Linear (cf. Kayne, 1994) e a Estrutura Sintagmática Nua (cf. Chomsky, 1995a) é apresentada e algumas das principais propostas de compatibilização são discutidas. Este levantamento é parte de uma investigação cujo objetivo é propor uma solução alternativa. Com exceção da proposta em Hornstein (2009), argumento que todas as demais soluções propostas são insatisfatórias de uma perspectiva minimalista e que uma solução adequada para este problema passa por uma reconcepção da sintaxe, pelo menos no que diz respeito à operação fundamental para construção de estrutura, Merge, de modo que se produza (e não se perca) assimetria desde o início da derivação. Com isso, a estrutura não precisaria ser “salva” no decorrer da derivação e a sintaxe teria um caráter essencialmente assimétrico, um resultado ainda mais forte que o de Kayne (1994), quando propôs um caráter “antissimétrico” para a sintaxe.



Resumo Inglês:

In this work, a known incompatibility between the Linear Correspondence Axiom (cf. Kayne, 1994) and bare phrase structure (cf. Chomsky, 1995a) is presented and some of the main proposals for solving it are surveyed and discussed. This survey is part of an ongoing investigation which aims to provide an alternative solution. Except for Hornstein’s (2009) proposal, I argue that all other solutions are unsatisfactory from a minimalist perspective and that an adequate solution to this problem demands some reconception of syntax, at least with regard to the fundamental structure building operation, Merge, in such a way that asymmetry is obtained (and not lost) since the beginning of the derivation. Therefore, the structure would not have to be “saved” in the course of derivation, and syntax would have an essentially asymmetric character, a stronger result than that of Kayne (1994), which claimed for an “antisymmetric” character of syntax.