O ator como encenador de si mesmo

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ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

O ator como encenador de si mesmo

Ano: 2022 | Volume: 2 | Número: 44
Autores: Tiago Fortes
Autor Correspondente: Tiago Fortes | [email protected]

Palavras-chave: atuação, representação teatral, convenção teatral

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Quando discutimos o trabalho do ator, costumamos colocar o foco naquilo que o ator faz ou como faz. Este artigo traz o foco da discussão para onde o ator faz o que faz. O que se pretende com isso é que o olhar sobre onde estamos constitui o que fazemos e como fazemos. Este onde é tanto o espaço físico do cenário, luz, arquitetura, quanto a concepção de uma encenação, as convenções teatrais, o universo dramatúrgico e poético onde mergulhamos para encontrar o rumo e o tom do trabalho. A reflexão deste onde acaba por borrar o limite entre o trabalho do ator e do encenador, pois impele o ator a assumir um lugar de escolha por tudo aquilo que o circunda, lugar de escolha que historicamente é destinado exclusivamente ao encenador.



Resumo Inglês:

When we write about the actor’s work, we tend to focus on what he does or how he does what he does. I’d like here to put the focus on where the actor does what he does. By this I am affirming that the perception of where I am constitutes what I do and how I do. This where can be the physical space of the stage, the light, the architecture, as much as the conception of mise-en-scene, the conventions, the poetic universe where I enter to find the way and the tone of the work. Thinking on the where blurs the limits between the actors and the directors work, because it impels the actor to assume the choices of what is around him, choices that historically are made exclusively by the director.



Resumo Espanhol:

Cuando hablamos del trabajo de un actor, tendemos a centrarnos en lo que hace el actor o en como lo hace. Este artículo lleva el foco de la discusión a dónde el actor hace lo que hace. Lo que se pretende con esto es que la mirada a donde estamos constituye lo que hacemos y como lo hacemos. Esto dónde es tanto el espacio físico del escenario, la luz, la arquitectura, como la Concepción de una puesta en escena, las convenciones teatrales, el universo dramatúrgico y poético donde buceamos para encontrar la dirección y el tono de la obra. Esta reflexión acaba por difuminar el límite entre el trabajo del actor y del director, pues impulsa al actor a asumir un lugar de elección para todo lo que le rodea, un lugar de elección que históricamente está destinado exclusivamente al director.