O alcance do consentimento na proteção de dados pessoais perspectivas sobre a sociedade de vigilância na era da informação
Revista Eletrônica da PGE-RJ
O alcance do consentimento na proteção de dados pessoais perspectivas sobre a sociedade de vigilância na era da informação
Autor Correspondente: Diego Chagas de Souza | [email protected]
Palavras-chave: Proteção de dados pessoais, Consentimento, Autodeterminação informativa
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
O presente trabalho tem como objetivo examinar o alcance do consentimento do titular de dados como instrumento protetivo nuclear da disciplina voltada à proteção de dados pessoais. Para tanto, analisa-se como o consentimento foi moldado no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, da União Europeia, no Marco Civil da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e como a efetividade dessa base legal se tornou questionável para garantir a autonomia decisória do titular em meio à corrida armamentista tecnológica de vigilância. Para superar as insuficiências do paradigma do consentimento, três perspectivas apresentam-se como soluções interessantes visando adequar a proteção de dados ao mercado informacional. Conclui-se que a garantia do fundamento da autodeterminação informativa vai muito além do consentimento, como um mecanismo meramente formal. A percepção de que o titular se encontra em uma situação de vulnerabilidade nessa relação é crucial para lidar com os inúmeros desafios da proteção de dados.