Novos Caminhos para o Sistema Financeiro Nacional

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ISSN: 2179-8834
Editor Chefe: Daniela Viegas da Costa-Nascimento
Início Publicação: 31/07/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração

Novos Caminhos para o Sistema Financeiro Nacional

Ano: 1996 | Volume: 1 | Número: 1

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Sistema Financeiro Brasileiro passa por uma crise séria. Desde 1º de julho de 1994, até o presente 20 instituições foram liquidadas e outras encontram-se sob Administração Especial Temporária, sendo o Banespa e o Benerj os melhores exemplos dessa situação. Entre as intervenções ocorridas, a que trouxe maior polêmica foi, sem dúvida, o caso Econômico. Segundo a imprensa, o Banco Central já conhecia as dificuldades do Econômico a aproximadamente dois anos, data anterior à implantação do Plano Real. Na tentativa de salvar o Banco, o estado da Bahia realizou forte mobilização político-econômica, que culminou com a proposta para o governo estadual adquirir, simbolicamente, o controle acionário do Banco por R$1,00. Cedendo às pressões políticas, o presidente Fernando Henrique Cardoso autorizou o Banco Central a iniciar negociações que conduziriam a um processo de estatização do Econômico. A transação não foi efetivada devido à posição firme adotada pelo Banco Central para não aportar mais recursos públicos em instituições sob intervenção. O fato trouxe à tona a fragilidade da política de privatização do Governo FHC, pois estatizar uma organização financeira privada, em estado falimentar, corresponde a manter aberto o "Hospital" com dinheiro público. O sinal verde dado pelo governo FHC, ao Banco Central, encorajou o governo estadual de São Paulo a lutar pela suspensão do regime de Administração Especial Temporária, a que está sujeito o Banespa, há mais de um ano, e seu retorno à administração estadual e contrário à solução tecnicamente apresentada pelo Banco Central, que é a sua capitalização via privatização, considerando que o problema do Banespa, na realidade, é um problema do seu acionista majoritário, o Governo de São Paulo.