A NOVIDADE TOTALITÁRIA COMO EVENTO DE RUPTURA DOS DIREITOS HUMANOS EM HANNAH ARENDT

Revista Ideação

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ISSN: 2359-6384
Editor Chefe: Laurenio Leite Sombra
Início Publicação: 31/01/1997
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A NOVIDADE TOTALITÁRIA COMO EVENTO DE RUPTURA DOS DIREITOS HUMANOS EM HANNAH ARENDT

Ano: 2016 | Volume: 0 | Número: 33
Autores: R.P. Ferreira
Autor Correspondente: R.P. Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: Hannah Arendt; Totalitarismo; Ruptura; Direitos Humanos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Para abordar o tema dos direitos humanos, e como o totalitarismo rompeu com algumas de suas fundamentações,
as reflexões contidas nas obras de Hannah Arendt se fazem de suma importância para compreensão do fenômeno histórico. No primeiro momento, apoiado pela obra Origens do Totalitarismo, pretendo demonstrar como os Direitos
Humanos, justificados e baseados nas declarações de 1776 e e 1789 que tornaram o homem como fonte de toda lei e por isso inalienável, se mostraram insuficientes frente ao fenômeno totalitário. Devido a essa insuficiência, deu-se o aparecimento dos apátridas e minorias desprovidos de uma nacionalidade, os “displaced persons” como Arendt define. Por fim, demonstro a partir de Arendt como os campos de concentração implantados no período totalitário foram fenômenos inéditos perante a comunidade política e filosófica e, essa maneira, tornaram-se cruciais para consolidação da ruptura dos direitos humanos. A novidade totalitária dos campos de concentração destruiu não só apenas a personalidade jurídica e moral do homem, mas também sua “espontaneidade”.