As novas aventuras da dialética: Holloway, Guattari, Virno

Cadernos De Ética E Filosofia Política

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ISSN: 15170128
Editor Chefe: Maria das Graças de Souza
Início Publicação: 31/12/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

As novas aventuras da dialética: Holloway, Guattari, Virno

Ano: 2008 | Volume: 13 | Número: 2
Autores: Eduardo Pellejero
Autor Correspondente: Eduardo Pellejero | [email protected]

Palavras-chave: dialética, movimento, instituição, merleau-ponty, holloway, guattari, virno, zizek

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Algumas (muitas) das mais interessantes teorizações do marxismo
têm origem nos grandes fracassos do marxismo, dando conta de
uma fidelidade com potencial emancipatório dessa idéia (desse movimento)
que excede largamente o saudosismo do passado e a adaptação
ao presente. É o caso de Les Aventures de la dialectique, o livro de Merleau-
Ponty, onde procede-se a uma reavaliação das apostas marxistas da
época. A problematização das idéias de progresso e de sentido oscilava,
então, entre a rejeição incondicional da revolução (a revolução instituída,
como fato histórico, ou como verdade), a defesa tímida dos seus
valores (a revolução como inscrição de um certo progresso na história:
as conquistas de Outubro) e a redefinição das instituições de esquerda
(a revolução como agenciamento de intersubjetividade). Mais de 40
anos depois, autores tão diversos como Slavoj Zizek, António Negri,
Alain Badiou e Jacques Rancière voltam a jogar esse jogo, onde a
herança do marxismo ocidental é dividida (partilhada) entre pretendentes
a uma revolução pensada como acontecimento, como crítica, como
projeto ou como instituição. O quê é (o quê deve ser) o marxismo contemporâneo?
Repetindo o gesto de Merleau-Ponty, e a partir destas perspectivas
(não necessariamente comensuráveis), o que procuramos são
elementos para a redefinição de uma nova pragmática militante, capaz
de acolher a imponderabilidade de novos saberes, de novas técnicas e
de novos dados políticos.



Resumo Inglês:

In 1955 Merleau-Ponty made a reevaluation of the Marxist stakes
of his time. Problematization of the ideas of progress and meaning that was in-between the refusal of the revolution as historical fact, the
shy defense of its values and the redefinition of left-wing institutions.
More than 40 years after, philosophers as diverse as John Holloway,
Félix Guattari, Paolo Virno, Daniel Bensaïd and Slavoj Zizek, play that
very game once again, dealing with the legacy of revolution, and thinking
it as event, movement and institution. Repeating the gesture of Merleau-
Ponty, and from those open perspectives, we try to find elements
for the redefinition of a militant thought able to embody the imponderability
of new knowledge, new techniques, new political data.