A Nova Era como malha

Reflexus

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ISSN: 2358-4874
Editor Chefe: José Adriano Filho
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

A Nova Era como malha

Ano: 2019 | Volume: 13 | Número: 21
Autores: Vitor de Lima Campanha
Autor Correspondente: Campanha, Vitor de Lima | [email protected]

Palavras-chave: Nova Era, Teoria Ator-Rede, Malha.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo visa discutir a utilização de duas teorias antropológicas contemporâneas para a compreensão da religiosidade Nova Era: a Teoria Ator-Rede, de Bruno Latour, e o conceito de malha, do antropólogo Tim Ingold. Parte-se do pressuposto da errância como uma característica fundamental da Nova Era, onde a busca pelo aprimoramento e pelo self perfeito levam o indivíduo à procura de práticas, vivências e rituais descontextualizados de suas tradições originais, constantemente rearranjados e instrumentalizados. Como sociologia que busca associações, a Teoria Ator-Rede pode ser útil para compreender as conexões que ocorrem nesse contexto, porém, leva em conta conexões entre pontos definidos. A malha, entretanto, compreende essas relações como fluxos, onde não há elementos conectados, mas diferentes linhas contínuas entrelaçadas como um tecido. Assim, a Nova Era não se trata de uma conexão de práticas, vivências e rituais diversificados, mas da própria relação, em consonância com a ideia ingoldiana de malha.



Resumo Inglês:

The article aims to discuss the use of two contemporary anthropological theories for the understanding of New Age religiosity: the Actor-Network Theory, by Bruno Latour, and the concept of meshwork, defended by Tim Ingold. It starts from the assumption of wandering as a fundamental characteristic of the New Age, in which the pursuit of perfection and the perfect self leads the individual to seek decontextualized practices, experiences and rituals from their original traditions, which are constantly rearranged and instrumentalized. As a sociology that seeks associations, the Actor-Network Theory can be useful to understand the connections that occur in this context, but takes into account connections between defined points. The meshwork, otherwise, understands these relationships as flows, where there are no elements connecteds, but different continuous lines intertwined as a fabric. Thus the New Age is not about a connection of diversified practices, experiences, and rituals, but about the relationship itself, in keeping with Ingold’s idea of  meshwork.