Notas sobre a noção de desamparo em Freud
Revista Psicologia em Pesquisa
Notas sobre a noção de desamparo em Freud
Autor Correspondente: R. B. Gewehr | [email protected]
Palavras-chave: Metapsicologia, desamparo, eu, Freud
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Propomos neste ensaio uma abordagem histórica e teórica da noção de desamparo na obra de Freud entre 1895 e 1927. Neste estudo, sobressaem-se dois eixos de análise principais. Inicialmente, a noção de desamparo se encontra vinculada ao fato da prematuração orgânica, e, posteriormente, estende-se como condição de base para as significações das experiências mais iniciais do eu. Ambos os eixos denotam que a noção de desamparo remete a um estado de desproteção irremediável, que se determina no limite entre as esferas do orgânico e do simbólico, as quais assumem, no curso do desenvolvimento psíquico, um estatuto de complementaridade.
Resumo Inglês:
This essay aims at a historical and theoretical approach to the notion of helplessness in Freud’s works between 1895 and 1927. In this study, two main axes of analysis can be highlighted. Firstly, the notion of helplessness is associated to the fact of organic prematuration, and later extends itself as a basic condition for signifying the earliest experiences of the ego. Both axes denote that the notion of helplessness refers to a state of hopeless lack of protection determined by the limits between the organic and the symbolic, which assume in the course of psychic development a status of complementarity.
Resumo Espanhol:
En este ensayo proponemos un abordaje histórico y teórico de la noción de desamparo en la obra de Freud entre 1895 y 1927. En este estudio se destacan dos ejes principales de análisis. Inicialmente, la noción de desamparo se vincula al hecho de la prematuridad orgánica y, posteriormente, se extiende como condición fundamental para los significados de las experiencias más iniciales del yo. Ambos ejes denotan que la noción de desamparo se refiere a un estado de desprotección irremediable, que se determina en el límite entre las esferas de lo orgánico y lo simbólico, que asumen, en el curso del desarrollo psíquico, un estatuto de complementariedad.