Noopolítica do consumo e colonização: resistências e (re)existências na arte indígena contemporânea

Proa

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ISSN: 2175-6015
Editor Chefe: Christiano Key Tambascia
Início Publicação: 01/11/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

Noopolítica do consumo e colonização: resistências e (re)existências na arte indígena contemporânea

Ano: 2023 | Volume: 13 | Número: Não se aplica
Autores: Bevilaqua, Patrícia Magalhães, Tavares Junior, Frederico
Autor Correspondente: Patrícia Magalhães Bevilaqua | [email protected]

Palavras-chave: Arte indígena contemporânea, Noopolítica do consumo, Colonização, Meio ambiente

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo parte de uma pesquisa em andamento pelo programa Eicos - Psicossociologia das Comunidades e Ecologia Social da UFRJ, integrada ao grupo Psyccon (Processos Comunicativos Psicossociais de Consumo e Comunicação), e propõe a ideia de que as disseminações da sociedade e da cultura do consumo podem se configurar como significativos mecanismos contemporâneos de colonização das diferentes populações indígenas, não apenas pela invasão e exploração de setores produtivos em seus territórios, mas também pela noopolítica, dirigida ao consumo, associada às próprias ofertas de produtos industrializados, capazes de produzir transformações em seus modos de vida, subjetividades, relações sociais, rituais cotidianos e paisagens. Explorando a fricção entre culturas, mundos e cosmovisões distintas, a narrativa segue os rastros impressos pelo consumo, por meio de uma abordagem centrada na ação, na agência e na mediação exercida pela arte indígena contemporânea. O cenário do artigo abrange questões sobre o Antropoceno, uma era presente de catástrofes ambientais e sanitárias, e também aborda a obliteração sistemática dos saberes e práticas das populações indígenas. Todavia, encontra indícios de resistência a essa invasão subjetiva e mesmo territorial na criação de universos singulares, que se inscrevem nas artes, na espiritualidade e em manifestações políticas cada dia mais frequentes e potentes.



Resumo Inglês:

This article is based on an ongoing research carried out at the Eicos pro-gram - Psychossociology of Communities and Social Ecology at UFRJ, integrated to the Psyccon group (Psychosocial Communicative Processes of Consumption and Communication), and proposes the idea that the dissemination of society and consumer culture can be configured as significant contemporary mechanisms of colonization of different indigenous populations, not only by the invasion and ex-ploitation of productive sectors in their territories, but also by noopolitics, directed towards consumption, associated with the very offers of industrialized products, capable of producing transformations in their territories. ways of life, subjectivi-ties, social relationships, daily rituals and landscapes. Exploring the friction betwe-en different cultures, worlds and cosmovisions, the narrative follows the imprint of consumption, through an approach centered on action, agency and the mediation exercised by contemporary indigenous art. The article’s scenario covers questions about the Anthropocene, a present era of environmental and health catastrophes, and addresses the systematic obliteration of the knowledge and practices of indi-genous populations. However, it finds signs of resistance to this subjective and even territorial invasion in the creation of singulars universes, which are inscribed in the arts, spirituality and political manifestations that are increasingly frequent and powerful.



Resumo Espanhol:

Este artículo forma parte de una investigación en curso del programa Eicos - Psicosociología de las Comunidades y Ecología Social de la UFRJ, integrado al grupo Psyccon (Procesos Comunicativos Psicosociales de Consumo y Comunicación), y propone la idea de que las diseminaciones de la sociedad y la cultura de consumo pueden configurarse como significativos mecanismos contemporáneos de colonización de diferentes poblaciones indígenas, no sólo por la invasión y explotación de sectores productivos en sus territorios, sino también por la no-política, dirigida al consumo, asociada a las propias ofertas de productos industrializados, capaz de producir transformaciones en sus formas de vida, subjetividades, relaciones sociales, rituales cotidianos y paisajes. Explorando la fricción entre culturas, mundos y cosmovisiones distintas, la narrativa sigue las huellas impresas por el consumo a través de un abordaje centrado en la acción, agencia y mediación ejercidas por el arte indígena contemporáneo. El escenario del artículo abarca cuestiones sobre el Antropoceno, una era actual de catástrofes medioambientales y sanitarias, y también aborda la obliteración sistemática de los conocimientos y prácticas de las poblaciones indígenas. Sin embargo, encuentra signos de resistencia a esta invasión subjetiva e incluso territorial en la creación de universos singulares, que se inscriben en las artes, en la espiritualidad y en manifestaciones políticas cada vez más frecuentes y potentes.