Noel Rosa: uma poética do samba

Artcultura

Endereço:
AV: JOãO NAVES DE ÁVILA, 2121
Uberlândia / MG
0
Site: https://seer.ufu.br/index.php/artcultura
Telefone: (34) 3239-4130
ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Noel Rosa: uma poética do samba

Ano: 2011 | Volume: 13 | Número: 22
Autores: Mayra Pinto
Autor Correspondente: Mayra Pinto | [email protected]

Palavras-chave: Noel Rosa, poética, tom coloquial.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Analisa-se a filiação da obra de Noel
Rosa a uma poética própria do samba,
que estava sendo construída na década
de 30 do século XX por vários compositores
cariocas. Essa poética, cuja
principal marca é o tom coloquial, foi
arquitetada mesclando traços do discurso
prosaico aos efeitos do discurso
poético. Pela análise do samba “Com
que roupa?” verifica-se esse procedimento
desde as marcas entoativas
do discurso falado na melodia e na
interpretação até registros de marcas
de oralidade nas letras, passando por
efeitos sintáticos e semânticos mais
próprios do discurso coloquial. No
final do ensaio, propõe-se a filiação da
obra de Noel Rosa ao que o dramaturgo
italiano Luigi Pirandello chamou de
humorismo – uma categoria discursiva
que atrela o discurso coloquial a um
tipo de humor mais crítico.



Resumo Inglês:

This essay analyzes Noel Rosa’s work affiliation
to a proper poetics of samba, which
was being developed by many composers
from Rio de Janeiro during the 30s in the
20th century. Such poetics, mainly characterized
by its colloquial tone, was created
by combining traits of the prosaic discourse
with the effects of the poetic discourse. In
the analysis of Com que roupa?, this procedure
is verified from the intonation marks
of the spoken discourse in its melody and
interpretation, from the syntactic and semantic
effects more typical of the colloquial
discourse, to the registers of orality in its
lyrics. Ultimately, this essay proposes that
Noel Rosa be affiliated to what the Italian
dramatist Luigi Pirandelo referred to as
humorism – a discursive category that
associates the colloquial discourse with a
type of more critical humor.