"No ondear da vida moderna": o volátil sentimento de ser

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
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ISSN: 21757917
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Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

"No ondear da vida moderna": o volátil sentimento de ser

Ano: 2016 | Volume: 21 | Número: 2
Autores: Jair Zandoná
Autor Correspondente: Anuário de Literatura | [email protected]

Palavras-chave: modernismo português, mário de sá-carneiro, céu em fogo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No cenário da vida moderna, a cidade é a grande promulgadora de novidades. Grosso modo, na cidade pequena, se retomarmos as discussões de Georg Simmel (1979), o ritmo de vida flui mais lentamente, de maneira mais uniforme. Já na metrópole as imagens, os sons, os odores, desencadeiam uma torrente sensorial, que resulta em fragmentos, flashes, mosaicos. Este artigo pretende discutir algumas narrativas de Mário de Sá-Carneiro, suas personagens, e o modo como (se) (trans)formam (com) a – e a partir das experiências possíveis através da – cidade. Se Paris pungia-lhes vida, a sensibilidade e sensações que lhes envolviam como se estivessem em bebedeira, insones, sob efeito de narcóticos como que por simbiose: “Paris! Paris! Orgíaco e solene, monumental e fútil...” (SÁ-CARNEIRO, 2007, p. 237), estar nessa grande cidade, sozinho, era como que estar sempre acompanhado de uma amante, sua cidade-amante. É aí que o artista, como sofredor exemplar, emerge, sente, se voltatiliza.