AS NECESSIDADES DE EFETUARMOS LEVANTAMENTOS PEDOLÓGICOS DETALHADOS NO BRASIL E DE ESTABELECERMOS AS SÉRIES DE SOLOS

Revista Tamoios

Endereço:
Rua Dr. Francisco Portela, 1470 - Patronato
São Gonçalo / RJ
24435-005
Site: https://www.e-publicacoes.uerj.br/ojs/index.php/tamoios/index
Telefone: (21) 3705-2227
ISSN: 1980-4490
Editor Chefe: Eduardo Karol
Início Publicação: 31/05/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

AS NECESSIDADES DE EFETUARMOS LEVANTAMENTOS PEDOLÓGICOS DETALHADOS NO BRASIL E DE ESTABELECERMOS AS SÉRIES DE SOLOS

Ano: 2013 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: I.F. Lepsch
Autor Correspondente: I.F. Lepsch | [email protected]

Palavras-chave: pedologia; classificação de Solos; levantamentos de solos;relação solo-geomorfologia; pedogeomorfologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em um levantamento detalhado de solos (escala 1:25.000, ou maior), os pedólogos mapeiam corpos de solo que podem ser considerados como objetos, representados por imagens (chamadas “perfis de solo”) - as quais podem receber denominações conceituais de acordo com um dado sistema de classificação. Muitos países no início do século passado iniciaram e continuam o mapeamento de seus solos com levantamentos pedológicos detalhados, por meio da identificação das unidades de mapeamento com os nomes das séries de solo. Mais tarde, nos EUA, essas séries também foram conceituadas como unidades taxonômicas . No Brasil, os levantamentos de solos tiveram início priorizando-se mapas de pequena escala, com unidades de mapeamento que receberam nomes de classes de solo de alto nível categórico (grandes grupos) pertencentes a sistemas de classificação de outros países .Hoje, os nomes se referem a táxons do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) - ( subgrupos). Apesar das séries de solo serem consideradas como um dos mais eficientes meios de compartimentação do meio físico, de comunicação e extrapolação de conhecimentos pedológicos, elas ainda não foram devidamente conceituadas no Brasil. Neste artigo é feita uma revisão crítica de literatura sobre esse assunto ressaltando que, para que as séries de solo brasileiras sejam oficialmente identificadas, primeiramente devem ser mapeadas segundo modelos conceituais solo-paisagem, os quais levam em consideração, não só a imagem dos perfis de solo e/ou os conceitos dos táxons do SiBCS, mas principalmente a geomorfologia, estratigrafia e hidrologia.Várias considerações são feitas a esse respeito a fim de se enfatizar a necessidade de mais recursos materiais e humanos para o estabelecimento de um programa brasileiro de levantamento detalhado de solos, bem como o treinamento de novos pedólogos, para que o Brasil venha a ter - a exemplo dos EUA- seu território coberto por mapas de solos em escalas adequadas para aplicações práticas, tais como projetos agrícolas, ambientais e obras de engenharia civil.



Resumo Inglês:

In a detailed soil survey (scale 1:25,000 or higher) the field soil scientists map soil bodies, which are considered as objects that are represented by images (soil profiles) which can receive conceptual designations according to a soil classification system. In the beginning of the last century, many countries began mapping their soils with such large scale maps, identifying the mapping units with soil series names which - in the U.S.- were later also conceptualized as taxonomic units. In Brazil the soil surveys began prioritizing small-scale maps with their mapping units receiving designations of classes from high categorical levels (great groups) of soil classification systems of other countries and, more recently, names of taxa (subgroups) of the Brazilian System of Soil Classification (SiBCS). Despite the soil series be universally considered the most efficient ways of partitioning the physical environment, communication and extrapolation of soil knowledge, they have not yet been conceptualized in Brazil. In this article, we critically review the literature on this subject emphasizing that for the first Brazilian soil series to be officially identified they should first be mapped according conceptual soil-landscape models, taking into consideration not only the image of the soil profiles and/or taxa’s concepts of the SiBCS but mainly geomorphology, stratigraphy and hydrology. Several considerations are made in this regard, stressing the need for more human and material resource to a Brazilian program of detailed soil survey, as well as the training new soil scientists, so that Brazil can have - like the US-his territory covered by soil maps at suitable scales for practical applications such as agricultural and environmental projects as well as civil engineering works.