Narrativa e temporalidade: sobre os conceitos de Nachträglichkeit e Unheimliche na teoria clínica freudiana

Natureza Humana Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise

Endereço:
Rua João Ramalho, 146
São Paulo / SP
05008-000
Site: http://ibpw.org.br
Telefone: (11) 3676-0635
ISSN: 2175-2834
Editor Chefe: Zeljko Loparic
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

Narrativa e temporalidade: sobre os conceitos de Nachträglichkeit e Unheimliche na teoria clínica freudiana

Ano: 2014 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Virginia Costa
Autor Correspondente: V. Cossta | [email protected]

Palavras-chave: sintoma; inquietante; estranhamento; só-depois; repetição.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo aborda dois importantes conceitos freudianos que são mobilizados para a
explicação do sintoma: o inquietante (Unheimliche) e o só-depois (Nachträglichkeit). Tais
noções aparecem como complementares mediante a formação composta do sintoma que se dá
entre elementos inconscientes e as vivências posteriores que permitem o retorno do recalcado.
Essa composição nos permite tratar a teoria clínica freudiana a partir de um viés temporal, uma
vez que a formação do sintoma se dá em etapas descontínuas na trajetória da vida subjetiva. Por
isso, nosso artigo discute a passagem dessa descontinuidade – quando o sintoma é sentido como
uma repetição inquietante – para a constituição de uma narrativa de vida dotada de destinos
pulsionais criativos, nos quais o que se mostrava estranho é assumido como próprio e familiar.
sintoma; inquietante; estranhamento; só-depois; repetição.



Resumo Inglês:

This article discusses two important Freudian concepts that are mobilized for the
explanation of the symptom: the uncanny (Unheimliche) and the afterwardsness
(Nachträglichkeit). These notions appear together because of the composite formation of
symptom that occurs between unconscious elements and aftermost experiences that allow the
return of the repressed. This composition helps us in our goal to treat Freudian clinical theory in
a temporal bias, since the formation of the symptom occurs in discontinuous steps along the
path of subjective life. So our article discusses the passage of this discontinuity – when the
symptom is felt as a uncanny repetition – for the establishment of a narrative of life based on
creative instinctual destinations, in which what is showed strange is assumed as own and
familiar