Museologia Comunitária, Comunidades LGBT e Direitos Humanos: estratégias de superação de fobias à diversidade sexual no Brasil

Revista Eletrônica Ventilando Acervos

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ISSN: 23186062
Editor Chefe: Rafael Muniz de Moura
Início Publicação: 31/10/2013
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Museologia

Museologia Comunitária, Comunidades LGBT e Direitos Humanos: estratégias de superação de fobias à diversidade sexual no Brasil

Ano: 2017 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: BAPTISTA, Jean; BOITA, Tony
Autor Correspondente: BAPTISTA, Jean; BOITA, Tony | [email protected]

Palavras-chave: Memória LGBT, Museologia Comunitária, Comunidades LGBT, Direitos Humanos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo propõe uma abordagem interdisciplinar a partir da relação entre Direitos Humanos e a Museologia Comunitária. Para tal, valora o direto à memória como estratégia de superação às fobias sociais que pesam à população lésbicas, bissexuais, gays e pessoas trans (LGBT). Por hipótese, considera-se que a garantia do direito à memória de pessoas LGBT perpassa a salvaguarda e promoção de suas trajetórias nas ações patrimoniais e museais,
colaborando, com isto, a superação de fobias à diversidade sexual. Objetiva-se, assim, problematizar a ausência e a invisibilidade da questão LGBT nos espaços de memória, processos museológicos, políticas de registro e tombamento, propondo alternativas à exclusão, discutindo a violação do direito à memória e consequentemente dos Direitos Humanos nos processos museológicos. Deste modo, busca-se perceber como a museologia e os museus utilizam-se e são utilizados pelas estratégias políticas para excluir, manipular e selecionar a “memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”, conforme cita o artigo 216 da Constituição do Brasil de 1988. Por fim, pretende-se considerar os limites e possibilidades relacionados aos pilares dos direitos humanos e as estratégias empregadas pela Museologia Comunitária em prol do direito à memória das comunidades LGBT.



Resumo Inglês:

This article proposes an interdisciplinary approach based on the relation between Human Rights and the Community Museology. For this purpose, it values the right of memory such as the strategy to overcome the social phobias that weights on the population of lesbians, bisexuals, gays and transgender people (LBGT). Supposedly, it is considered the guarantee of the right to memory of LGBT people traverses the safeguard and the development of their trajectories in patrimonial and museum’s actions, collaborating with this the overcome of phobias to the sexual diversity. The purpose is to discuss the absence and the invisibility of the LGBT question in the
memory spaces, the museum’s processes, the registration’s policy and the tipping over, proposing the options for the exclusion by discussing the right of violation of the memory and in this way the Human Rights in the museum’s processes. Thus, to understand how the museology and the museums use and are used by the political strategies to exclude, manipulate and select the “memory of the different formative groups of Brazilian society”, according in the article 216 of the Brazilian Constitution of 1988. Finally, it is intended to consider the limits and the possibilities related to the pillars of the human rights and the strategies adopted by the Community Museology
in favor of the right to the memory of the LGBT communities.