Mundivisão proletária no cinema dos grupos Medvedkine

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ISSN: 1807-8583
Editor Chefe: Basílio Sartor / Suely Fragoso
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Comunicação

Mundivisão proletária no cinema dos grupos Medvedkine

Ano: 2020 | Volume: 0 | Número: 50
Autores: Leonardo Gomes Esteves
Autor Correspondente: Leonardo Gomes Esteves | [email protected]

Palavras-chave: Cinema francês, Vanguarda cinematográfica, Cinema militante, Grupos Medvedkine, Maio de 68

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo investiga a safra inicial de filmes dos grupos Medvedkine, criados em Besançon e Sochaux nos entornos de 1968 e composto por operários. A análise toma como parâmetro o emprego de uma mundivisão proletária, tal como trazida pelo filósofo Herbert Marcuse em Contra-revolução e revolta (1973). Os filmes contemplados nesta revisão são Classe de lutte (1969) e Week-end à Sochaux (1972), correspondentes à safra inicial de obras produzidas pelos grupos. Na análise pretende-se abordar as convergências e discrepâncias entre a obra em questão e os preceitos vanguardistas, divididos entre protagonismo social e negação estética, de forma a delinear um quadro comparativo entre teoria e prática no ofício de cineasta desempenhado pelo proletário. Chega-se à conclusão de que há divergências entre o objeto aqui analisado e um projeto de cinema vanguardista elaborado no período.



Resumo Italiano

This article aims to investigate the initial films of the Medvedkine groups, created in Besançon and Sochaux during the late 1960’s and composed by factory workers. The proletarian world view concept, brought by philosopher Herbert Marcuse in Counterrevolution and revolt, is taken as a parameter in this analisis. The films targeted in this study are: Classe de lutte (1969) and Week-end à Sochaux (1972). Regarding these titles, one wishes to analyze the convergences and discrepances between this initial filmography and the avant-garde standards, divided between social protagonism and aesthetic denial, in order to sculpt a comparative view among theory and practice over a filmmaker craft played by the proletarian. One comes to a conclusion that there are disagreements between the object of this review and an avant-garde cinema wich is elaborated during that period.