As mudanças habitacionais em regiões metropolitanas brasileiras

urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana

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ISSN: 21753369
Editor Chefe: Rodrigo José Firmino, Harry Alberto Bollmann e Tomás Antonio Moreira
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Semestral

As mudanças habitacionais em regiões metropolitanas brasileiras

Ano: 2015 | Volume: 7 | Número: 2
Autores: C. Marques, H. Frey
Autor Correspondente: C. Marques | [email protected]

Palavras-chave: urbanização, dinâmica imobiliária, políticas públicas de habitação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da década de 2000, o mercado de habitação brasileiro passou por sensíveis mudanças, que permitiram
a retomada do crescimento da construção civil, do número de unidades construídas e comercializadas. Tais
mudanças foram possíveis em função de uma série de mudanças nas políticas urbanas e habitacionais,
com destaque para a ampliação da oferta do financiamento habitacional, que permitiu a incorporação de
uma parcela maior da população no acesso à casa própria. No entanto, os efeitos das recentes políticas de
habitação ainda não são claros. Por um lado, o crescimento do valor dos bens imobiliários foi generalizado,
alcançando patamares comparáveis a de importantes centros mundiais, principalmente nas grandes cidades
e metrópoles brasileiras. Por outro, ainda pouco se sabe sobre os efeitos quantitativos desse modelo, ou seja,
se de fato a parcela da população com acesso ao domicílio próprio aumentou significativamente e houve
uma consequente queda do número de domicílios alugados e cedidos. Para isso, esse artigo propõe uma
primeira análise exploratória, utilizando os dados dos Censos Demográficos 1991, 2000 e 2010 para avaliar
se tais políticas alteraram as dinâmicas das condições de ocupação nos domicílios na escala metropolitana.
Analisamos dados das três maiores regiões metropolitanas (Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro) a
partir do município, comparando as mudanças na sede e no entorno. O texto está estruturado em torno da
discussão do mercado habitacional no Brasil, das inovações em termos de políticas públicas no período
recente e da própria análise dos dados censitários, apontando suas potencialidades e limites.



Resumo Inglês:

From the 2000s, the Brazilian housing market has undergone significant changes that allowed the resumption
of construction growth, the number of units built and sold. These changes were made possible due to a number
of changes in urban and housing policies, especially in the expansion of the supply of housing finance, allowing
the incorporation of a larger portion of the population in access to housing. However, the effects of these recent housing policies are not clear yet. On the one hand, the growth in the value of real estate was widespread,
reaching levels comparable to the major worldwide centers, especially in large Brazilian cities and metropolitan
areas. On the other hand, there is little knowledge about the quantitative effects of this model. That means that
it is still unknown whether the share of homeowners has increased significantly, with a consequent reduction
in the number of rented homes. To this end, this article proposes an initial exploratory analysis using data from
the 1991, 2000 and 2010 Demographic Censuses. The objective is to assess whether these policies have altered
the dynamics of occupation conditions in households in the metropolitan scale. We analyzed data from the
three largest metropolitan areas (Belo Horizonte, Sao Paulo and Rio de Janeiro) in the country, comparing the
changes between central and peripheral cities. The text is structured on the discussion of the housing market in
Brazil, including the innovations in terms of public policies in recent period and on our own analysis of census
data, indicating their potential and limits to deal with housing issues.