MUDANÇAS CLIMÁTICAS, CAPACIDADE ADAPTATIVA E SUSTENTABILIDADE: REFLEXÕES A PARTIR DAS CIDADES DA REGIÃO SEMIÁRIDA BRASILEIRA

Revista Geotemas

Endereço:
Rodovia BR-405, km 03 - Departamento de Geografia - Arizona
Pau dos Ferros / RN
59900-000
Site: http://periodicos.apps.uern.br/index.php/GEOTemas/index
Telefone: (84) 9941-4222
ISSN: 2236-255X
Editor Chefe: Josué Alencar Bezerra
Início Publicação: 01/06/2011
Periodicidade: Quinzenal
Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: Planejamento urbano e regional

MUDANÇAS CLIMÁTICAS, CAPACIDADE ADAPTATIVA E SUSTENTABILIDADE: REFLEXÕES A PARTIR DAS CIDADES DA REGIÃO SEMIÁRIDA BRASILEIRA

Ano: 2021 | Volume: 11 | Número: Não se aplica
Autores: Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira, Zoraide Souza Pessoa, Eric Mateus Soares Dias, Edilza Paula Queiroz Alves
Autor Correspondente: Rylanneive Leonardo Pontes Teixeira | [email protected]

Palavras-chave: Agenda 2030, Ordenamento territorial, Energias renováveis, Semiárido brasileiro, Capacidade adaptativa climática

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As mudanças climáticas são uma grande, se não a maior, problemática socioambiental contemporânea, impactando, em especial, as populações e os territórios que estão em condição de vulnerabilidade, como é o caso daqueles que vivem na região semiárida do Brasil. Nesse sentido, objetiva-se, com este artigo, refletir sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas no semiárido brasileiro, de modo a analisar quais os caminhos que as cidades desse território têm adotado na construção e efetivação da capacidade adaptativa climática como estratégia de sustentabilidade. Para isso, a metodologia deste artigo segue as orientações de uma abordagem de natureza qualitativa, fazendo uso de pesquisas bibliográficas e documental, e coleta de dados secundários enquanto instrumentos de pesquisa. A partir da análise e discussão dos resultados, observa-se que enfrentar os efeitos das mudanças climáticas no semiárido do Brasil é ainda um grande e complexo desafio para as cidades desse território. Muito embora contem com as energias renováveis (eólica e solar, por exemplo) como grandes potencializadores para enfrentar as mudanças climáticas locais, essas cidades não apresentam a adaptação climática estratégia de gestão urbana e ambiental. Dessa forma, pode-se concluir que a construção e efetivação da capacidade adaptativa climática como alternativa no alcance de um futuro sustentável ainda está longe de se configurar como agenda estratégica das gestões urbanas e ambientais das cidades do semiárido brasileiro, sobretudo no atual contexto em que se vivencia uma marginalização das questões ambientais e climáticas na agenda governamental federal.



Resumo Inglês:

Climate change, adaptive capacity and sustainability: reflections from the cities of the brazilian semiarid region

Climate change is a major, if not the greatest, contemporary socio-environmental issue, impacting, in particular, populations and territories that are in vulnerable conditions, as is the case of those living in the semiarid region of Brazil. In this sense, the objective of this paper is to reflect on the challenges imposed by climate change in the brazilian semiarid region, in order to analyze the paths that cities in this territory have taken in the construction and implementation of climate adaptive capacity as a sustainability strategy. For this, the methodology of this paper follows the guidelines of a qualitative approach, making use of bibliographic and documentary research, and collecting secondary data as research instruments. From the analysis and discussion of the results, it appears that facing the effects of climate change in the semiarid region of Brazil is still a great and complex challenge for the cities in this territory. Although they rely on renewable energies (wind and solar, for example) as great potentials to face local climate changes, these cities do not present climate adaptation as an urban and environmental management strategy. Thus, it can be concluded that the construction and implementation of climate adaptive capacity as an alternative to achieve a sustainable future is still far from being configured as a strategic agenda for urban and environmental management in brazilian semiarid cities, especially in the current context in which there is a marginalization of environmental and climate issues on the federal government's agenda.



Resumo Espanhol:

Cambio climático, capacidad adaptativa y sostenibilidad: reflexiones mediante las ciudades de la región semiárida brasileña

El cambio climático es un problema socioambiental contemporáneo importante, si no el más importante, que afecta, en particular, a las poblaciones y territorios que se encuentran en condiciones vulnerables, como es el caso de los que viven en la región semiárida del Brasil. En este sentido, el objetivo de este artículo es reflexionar sobre los desafíos impuestos por el cambio climático en el semiárido brasileño, para analizar los caminos que las ciudades en este territorio han tomado en la construcción e implementación de la capacidad de adaptación climática como estrategia de sostenibilidad. Para esto, la metodología de este artículo sigue las pautas de un enfoque cualitativo, haciendo uso de las investigaciones bibliográfica y documental, y colectando datos secundarios como instrumentos de investigación. Del análisis y discusión de los resultados, se observa que enfrentar los efectos del cambio climático en la región semiárida de Brasil sigue siendo un gran y complejo desafío para las ciudades de este territorio. Aunque dependen de las energías renovables (eólica y solar, por ejemplo) como un gran potencial para enfrentar los cambios climáticos locales, estas ciudades no presentan la adaptación climática como una estrategia de gestión urbana y ambiental. Por lo tanto, se puede concluir que la construcción y la eficacia de la capacidad climática adaptativa como alternativa para lograr un futuro sostenible aún está lejos de configurarse como una agenda estratégica para la gestión urbana y ambiental en las ciudades del semiárido brasileño, especialmente en el contexto actual en el que hay una marginación de los problemas ambientales y climáticos en la agenda del gobierno federal.