Memórias e experiências na Fábrica Rheingantz: políticas assistencialistas e a reprodução do operariado (Rio Grande/RS, 1920 a 1968)

Revista Mundos do Trabalho

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ISSN: 19849222
Editor Chefe: Aldrin A. S. Castellucci
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Memórias e experiências na Fábrica Rheingantz: políticas assistencialistas e a reprodução do operariado (Rio Grande/RS, 1920 a 1968)

Ano: 2021 | Volume: 13 | Número: Não se aplica
Autores: Caroline Duarte Matoso
Autor Correspondente: Caroline Duarte Matoso | [email protected]

Palavras-chave: Fábrica Rheingantz, políticas assistenciais, trabalho reprodutivo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo tem como objetivo analisar as políticas assistencialistas destinadas aos trabalhadores da Fábrica Rheingantz, tendo como enfoque as relações de gênero. Localizada no sul do Rio Grande do Sul, a Fábrica Rheingantz foi a primeira empresa têxtil do estado, sendo sua fundação datada de 1873. Investiga-se que além das trabalhadoras serem a principal mão de obra da indústria, estas eram também responsáveis pela reprodução do operariado. Explora-se as políticas assistencialistas que incentivavam as mulheres a constituírem família, através da documentação do setor administrativo da empresa e da metodologia de História Oral. O problema da pesquisa se fundamenta na análise de como o incentivo à constituição de um núcleo familiar (e suas implicações, trabalho de cuidado e reprodutivo) estiveram presentes no cotidiano fabril a partir das políticas de assistência social destinada ao operariado, estruturando as desigualdades de gênero na Fábrica Rheingantz. Para isso, o recorte temporal compreende diferentes momentos conjunturais brasileiro e local, de 1920 até 1968, ano em que a empresa encerrou as suas atividades.



Resumo Inglês:

The article aims to analyze the gender relations present in the care policies aimed at workers at the Rheingantz Factory. Located in the south of the state of Rio Grande do Sul, with its foundation in 1873, the Rheingantz factory was the first textile company in the state. It is investigated that working women, in addition to being the main labor force in industry, were also responsible for the reproduction of the working class. Through the documentation of the administrative sector of the factory and the methodology of Oral History, the care policies that encouraged women to start a family were explored. The research problem is related to how the incentive to establish a family nucleus (with implications for care and reproductive work) was present in the daily life of the factory from social assistance policies aimed at working women, structuring gender inequalities in the Rheingantz Factory. For this, the time frame comprises different moments of the national and local conjuncture, from 1920 to 1968, the year in which the company ended its activities.