O presente trabalho teve por objetivo avaliar se as sociedades anônimas, classificadas por ramo de atividade, que foram identificadas na matéria “150 Melhores Empresas para Você Trabalhar†da revista Guia Exame/Você S/A (2006), doravante denominada, neste artigo, RMT, apresentaram retorno sobre o patrimônio lÃquido (ROE) superiores ao das empresas não selecionadas. Portanto, a hipótese de pesquisa que foi testada foi a de que o retorno para o acionista, medido pelo ROE das Sociedades Anônimas indicadas como melhores para trabalhar pela RMT (2006) é maior do que o ROE das empresas que não foram selecionadas. A justificativa para este estudo está na tentativa de verificar se a Teoria Comportamental, que procura entender como os funcionários buscam e encontram satisfação pessoal e motivação e, conseqüentemente, aumentam a produtividade da organização, é aderente à Teoria Econômica, que destaca como objetivo principal da organização a maximização da riqueza para o acionista. A coleta de dados das empresas selecionadas foi feita através da base de dados da RMT (2006). Já para a coleta de dados do ROE, utilizou-se do banco de dados da Economática dos anos de 2003, 2004 e 2005. A técnica estatÃstica utilizada foi o Teste Não-Paramétrico de Mann-Whitney, com o objetivo de testar se as duas amostras independentes, o grupo das sociedades anônimas, separadas por setor, classificadas pela RMT, e o grupo das demais sociedades anônimas, também separadas por setor, eram de populações com médias iguais. Com base nesses testes estatÃsticos, não foi possÃvel sustentar a hipótese inicial de que as sociedades anônimas classificadas pela RMT/2006 apresentaram ROE superiores à s demais empresas desse tipo de sociedade.
The objective of this work was to verify if the Limited Liability Corporations classified by Guia Exame/Você S/A (2006 edition) as the best companies to work for in Brazil, have yielded higher return on equity (ROE) than those not listed by the magazine. To do so, we used the Economática database and other statistical tools to verify the possible differences between the two groups of selected companies, divided into eleven sectors. Mean tests showed that the returns on shareholder’s equity from the companies listed as the best to work for are not significantly different from those of other companies. Thus there is no relationship between the best companies to work for in Brazil and return on shareholder’s equity.