Maxwell Alexandre: as cores estão no mundo

Revista Apotheke

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta 2007 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: https://www.revistas.udesc.br/index.php/apotheke/issue/view/815
Telefone: (48) 3321-8000
ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Maxwell Alexandre: as cores estão no mundo

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Marcelo Campos, Juliana Pereira
Autor Correspondente: Marcelo Campos | [email protected]

Palavras-chave: Maxwell Alexandre, arte contemporânea, empoderamento, relações etnicoraciais, cor

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Maxwell Alexandre nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro, morador da Rocinha, uma das maiores favelas da América Latina. Este texto procura discutir a relação das pinturas de Maxwell Alexandre, a partir de suas relações com as cores. Parte desse interesse se dá por conta de uma das séries do artista, denominada, “Pardo é papel”. Maxwell apresenta uma exposição homônima em Lyon, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. Em poucos anos de produção, o pintor se torna uma das grandes referências para a arte brasileira e, sobretudo, participa da cena de jovens artistas afrodescendentes. Relações etnicoraciais, empoderamento do povo preto, universo da música hip hop, são muitas as conexões possíveis entre a produção de Maxwell Alexandre e a recente produção das artes, da música e da sociedade com os marcadores sociais de raça e classe. A cor se apresenta em diálogo com elementos da publicidade e das instituições normatizadoras, como a polícia civil e a escola pública, tanto quanto com a bandeira do Rio de Janeiro. De outro modo, o artigo procura problematizar as teorias raciais e a possibilidade de um artista afrodescendente em lidar com um elemento, a cor, tão relacionado a um sistema de arte racista e excludente.



Resumo Inglês:

Maxwell Alexandre was born, lives, and works in Rio de Janeiro, a resident of Rocinha, one of the biggest slums of Latin America. This paper pursues the relation of Maxwell Alexandre’s paintings, from his relationship with the colors. Part of that concernment is due to one of the artist’ series called “Pardo é paper”. Maxwell presents a homonym exhibition in Lyon, Rio de Janeiro, and Porto Alegre. In a few years of production, the artist turns one of the most important references to Brazilian art and, mainly, makes part in the young Afro-descendant scene of art. Ethnic racial relations, black people empowerment, hip hop music universe, there are many possible connections between Maxwell Alexandre’s production and the recent production of the art, music, and society with the markers of race and class. The color dialogues with publicity elements and regulatory institutions, as the city police and the public school, as well as the Rio de Janeiro’s flag. In another way, the paper pursues to discuss the racial theories and the possibility of an Afro-descendant artist to deal with an element, the color, so related to a racist and excluding art system.



Resumo Espanhol:

Maxwell Alexandre nació, vive y trabaja en Río de Janeiro, residente de Rocinha, uno de los barrios marginales más grandes de América Latina. Este texto busca discutir la relación entre las pinturas de Maxwell Alexandre, a partir de su relación con los colores. Parte de este interés se debe a una de las series del artista, llamada “Pardo é papel”. Maxwell presenta una exposición homónima en Lyon, Río de Janeiro y Porto Alegre. En pocos años de producción, el pintor se convierte en uno de los grandes referentes del arte brasileño y, sobre todo, participa en la escena de jóvenes artistas afrodescendientes. Relaciones étnicas, empoderamiento de la gente negra, el universo de la música hip hop, hay muchas conexiones posibles entre la producción de Maxwell Alexandre y la producción reciente de las artes, la música y la sociedad con los marcadores sociales de raza y clase. El color se presenta en diálogo con elementos de la publicidad y las instituciones reguladoras, como la policía civil y las escuelas públicas, así como con la bandera de Río de Janeiro. De lo contrario, el artículo busca problematizar las teorías raciales y la posibilidad de que un artista afrodescendiente se enfrente a un elemento, el color, tan relacionado con un sistema artístico racista y excluyente.