Com uma concepção filosófica auto-anunciada “egoÃstaâ€, Max Stirner deixava de lado tudo que pretende
pôr-se acima do próprio indivÃduo singular e queira determinálo, ou, por consequência, tudo que pretenda ser chamado de sua essência. Para o autor, não bastava que a filosofia e a cultura abandonassem Deus, como queriam seus contemporâneos jovens hegelianos, se não abandonassem
com ele sua autoridade abstrata sobre o indivÃduo e, assim, colocassem uma nova autoridade abstrata em seu lugar, fosse o homem, ou os diversos tipos de humanismo. Com eles Stirner confronta o seu único-proprietário (particular, singular, corpóreo). Primeiro ele se depara com o humanismo polÃtico (no Estado), depois com o social (na Sociedade) e, por fim, com o humanismo filosófico. Essa última crÃtica
direta a seus contemporâneos, o humanismo filosófico, ou liberalismo humano, Stirner dedica quase que exclusivamente a Bruno Bauer, o jovem hegeliano de quem ele mais se aproximou, sendo a filosofia de Stirner uma sucessora imediata da filosofia de Bauer. Este texto trata, então, da relação entre os dois principais filósofos da ala mais radical da esquerda hegeliana, a partir crÃtica de Stirner a Bauer, destacando-a como uma crÃtica ainda mais radical à modernidade.