Matrizes da criação, o amor e o Belo, em “Girassol da madrugada”

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Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Matrizes da criação, o amor e o Belo, em “Girassol da madrugada”

Ano: 2016 | Volume: 12 | Número: 23
Autores: Cristiane Rodrigues de Souza
Autor Correspondente: C. R. de Souza | [email protected]

Palavras-chave: processo criativo, poesia, Platão, Mário de Andrade, Schiller

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No grupo de poemas “Girassol da madrugada”, do Livro azul (1941), de Mário de Andrade, além de ser estabelecido o diálogo com a produção artística popular, o encontro dos amantes redesenha o amor descrito em Fedro, assim como se aproxima de considerações de Fédon, resgatando o tema clássico, por meio do envolvimento suave e da contemplação mútua de dois amantes saciados. Para compreender como as leituras dos textos, ao lado da atualização da nossa cultura, dão base aos versos do poeta, o presente estudo aproxima o primeiro poema do grupo de suas fontes, a saber, os livros Platon. Phèdre ou la beauté dês ames. Traduction intégrale et nouvelle avec notes suivie du traité de Plotin sur Le Beau par Mario Meunier. Paris: Payot, 1922 e Platão. Fédon, diálogo sobre a alma e morte de Sócrates. Tradução de Ângelo Ribeiro, com prefácio de Leonardo Coimbra. Rio de Janeiro; Porto: Annuario do Brasil; Renascença portuguesa, 1920, exemplares da biblioteca do escritor preservados no IEB-USP. Com atenção à marginália do autor de Macunaíma, registrada no volume de Fédon, assim como à presença, na biblioteca, do exemplar Phèdre, sem anotações e marcas de leitura, é possível compreender como a herança clássica contribui para o processo de criação do lirismo amoroso do modernista.



Resumo Inglês:

In "Girassol da madrugada", published in Livro Azul (1941), by Mário de Andrade, in addition to establishing dialogue with popular artistic production, the moment of love redraws the love described in Phaedrus, as well as some Phaedo‟s consideration, rescuing the classic theme, through the gentle involvement and mutual contemplation of two lovers. To understand how the readings of the classical texts, along with the retaken of our culture, helps the writting of the verses, the present study approaches the first poem of the group from their sources, namely the Platon books. Phèdre or the beauté des ames. Traduction intégrale et nouvelle avec notes suivie du traité de Plotin sur Le Beau by Mario Meunier. Paris: Payot, 1922 and Plato. Phaedo, dialogue on the soul and death of Socrates. Translation by Ângelo Ribeiro, with preface by Leonardo Coimbra. Rio de Janeiro; Porto: Annuario do Brasil; Portuguese Renaissance, 1920, books of the writer's library preserved at IEB-USP. With attention to the notes of the author of Macunaíma, recorded in the volume of Phaedo, as well as to the presence in the library of Phèdre, without annotations and marks of reading, it is possible to understand how the classical texts contributes to the process of creation of the loving lyricism of the modernist.