Masculinidades no Carnaval

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ISSN: 1415-1804
Editor Chefe: Rafael Soares Gonçalves
Início Publicação: 01/01/1997
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Masculinidades no Carnaval

Ano: 2023 | Volume: 1 | Número: 55
Autores: D. A. Machado, V. T. Silveira
Autor Correspondente: D. A. Machado | [email protected]

Palavras-chave: carnaval; Uruguai; gênero; masculinidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pensar, analisar e reconstruir os modos da chamada masculinidade dominante em espaços como o Carnaval requer um exercício de reflexão. Um espaço reconhecido como primariamente masculino, com certas características, particularidades, formas de agir, viver e pensar as relações, como aspectos de uma identidade hegemônica, com suas permissões e proibições. A investigação das diversas identidades nos permite problematizar os privilégios que surgem da performatividade de uma masculinidade dominante. Neste artigo me pergunto sobre essa suposta masculinidade dominante no Carnaval uruguaio, baseada no perfil do Instagram "Varones Carnaval", como resultado de relatos de situações de violência de gênero em ambientes carnavalescos. Também recolho dados do trabalho de campo etnográfico de minha tese de mestrado orientada para a análise dos processos de construção de identidades de indivíduos que fazem parte de um clube de futebol em San Carlos, Uruguai, em relação às práticas do futebol e do murga. Desta forma, começo apresentando o perfil da rede social e problematizando uma suposta "cultura de apoio", depois reflito sobre o caráter performativo das masculinidades e o que esses processos implicam, e finalmente uma reflexão sobre o caráter hegemônico dessas masculinidades.



Resumo Inglês:

Thinking about, analysing and reconstructing the modes of so-called dominant masculinity in spaces such as Carnival requires a reflective exercise. A space recognised as primarily masculine, with certain characteristics, particularities, ways of acting, living and thinking about relationships, as aspects of a hegemonic identity, with its permissions and prohibitions. Inquiring into the diverse identities allows us to problematise the privileges that arise from the performativity of a dominant masculinity. In this paper I ask myself about this supposedly dominant masculinity in the Uruguayan Carnival based on the Instagram profile "Varones Carnaval", as a result of reports of situations of gender-based violence in carnival settings. I also collect data from the ethnographic fieldwork of my Master's thesis oriented to the analysis of the processes of construction of identities of individuals who are part of a football club in San Carlos, Uruguay in relation to the practices of football and murga. In this way, I begin by presenting the profile of the social network and problematising a supposed "culture of support", then I reflect on the performative character of masculinities and what these processes entail, and finally a reflection on the hegemonic character of these masculinities.



Resumo Espanhol:

Pensar, analizar y reconstruir los modos de la denominada masculinidad dominante, en espacios como el Carnaval, requiere de un ejercicio reflexivo. Espacio reconocido como primordialmente masculino, con ciertas características, particularidades, formas de actuar, de vivir y pensar las relaciones; como aspectos de una identidad hegemónica, con sus permisos y prohibiciones. Indagar sobre las diversas identidades permite problematizar sobre los privilegios que se desprenden de la performatividad de una masculinidad dominante. En este trabajo me pregunto sobre esta supuesta masculinidad dominante en el Carnaval uruguayo a partir del perfil de Instagram “Varones Carnaval”, a raíz de las denuncias sobre situaciones de violencia basada en género en ámbitos de carnaval. Además, recojo datos del trabajo de campo etnográfico de mi tesis de Maestría orientada al análisis de los procesos de construcción de identidades de los individuos que forman parte de un club de fútbol de San Carlos, Uruguay con relación a las prácticas de fútbol y murga. De esta manera comienzo presentando el perfil de la red social y problematizando una supuesta “cultura del aguante”, luego reflexiono a partir del carácter performativo de las masculinidades y lo que conllevan estos procesos, y por último una reflexión sobre el carácter hegemónico de estas masculinidades.