Marcha das Margaridas: apontamentos para um (eco)feminismo latino-americano

Sul-Sul

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Telefone: (77) 3614-3500
ISSN: 2675-3758
Editor Chefe: Carlos Henrique de Lucas / Terezinha Oliveira Santos
Início Publicação: 05/06/2020
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Marcha das Margaridas: apontamentos para um (eco)feminismo latino-americano

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Tânia Aparecida Kuhnen
Autor Correspondente: Tânia Aparecida Kuhnen | [email protected]

Palavras-chave: ecofeminismos, feminismos, movimentos de mulheres rurais, Marcha das Margaridas.

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Resumo Português:

Este artigo apresenta reflexões em torno da proposta de um feminismo latino-americano que parta da experiência de mulheres do Sul Global. O objetivo consiste em buscar nos documentos construídos pela Marcha das Margaridas, que apresentam as reivindicações desse movimento brasileiro de mulheres do campo, da floresta e das águas, alguns elementos para pensar um (eco)feminismo latino-americano. Para tanto, recorre-se ao arcabouço teórico dos ecofeminismos que oferecem alguns parâmetros para pensar a interseccionalidade para além de elementos que se referem à subalternização e dominação de grupos humanos, incluindo os problemas decorrentes das relações dualista-hierárquicas de exploração dos humanos com outras formas de vida. A literatura ecofeminista auxilia a perceber que a intersecção entre questões de gênero e ambientais são centrais no fazer e pensar feminista das mulheres que integram a Marcha das Margaridas. Tal movimento constrói caminhos alternativos para as políticas de colonização da vida, pautados no enfrentamento ao agronegócio e às monoculturas destinadas à produção de commodities, na preservação socioambiental por meio de práticas agroecológicas e de sustentação das formas de vida humanas e não humanas e na defesa da autonomia e da diversidade da vida das mulheres camponesas.